Dólar acumula um ganho de quase 17% no 1º semestre

Escrito por Redação ,

São Paulo. O dólar teve alta de 0,48% nessa sexta-feira (29) e fechou junho com valorização de 3,88%, a R$ 3,8777. No primeiro semestre, a divisa dos Estados Unidos subiu 16,96%, colocando o real como uma das moedas com pior desempenho ante o dólar nos principais mercados emergentes, atrás apenas do peso argentino (+55%) e a lira turca (+21%).

A sexta-feira foi novo dia sem intervenção do Banco Central (BC) no câmbio e, com isso, já faz cinco sessões sem leilões extraordinários de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro), um indício, segundo especialistas, de que o mercado voltou para um funcionamento mais normal. Pesou para a alta do dólar aqui na sexta a disparada da moeda ante o peso argentino e a outras divisas de emergentes, como a do México, além da expectativa por eventuais anúncios do Banco Central.

O BC precisou colocar US$ 43 bilhões em swap cambial desde o começo de maio para tentar acalmar o mercado, fora mais US$ 3 bilhões em leilões de linha nesta semana.

Nessa sexta, o BC anunciou, por meio de nota, a rolagem integral dos contratos de swap programados para vencer em 1º de agosto de 2018, no total de 280.455 contratos (US$ 14,023 bilhões). Além disso, a instituição afirmou que realizará nas próximas semanas, sempre que necessário, leilões de swap e de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), "de acordo com as condições de mercado, para prover liquidez e contribuir para o bom funcionamento do mercado de câmbio".

Com o petróleo e as bolsas de Nova York em alta, o Índice Bovespa encontrou fôlego para mais um pregão de ganhos. O indicador terminou a sessão dessa sexta-feira aos 72.762,51 pontos, alta de 1,39%. Apesar da alta de 3% na semana, o índice contabilizou queda de 5,20% em junho. No semestre, houve perda de 4,76%.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.