Copa deve girar R$ 5,4 mi em bares e restaurantes do CE

No Brasil, o setor espera registrar um montante de R$ 251,7 milhões durante o período da competição esportiva

Escrito por Lígia Costa - Repórter ,
Legenda: Alguns estabelecimentos da Capital cearense esperam um incremento de até 30% nas vendas realizadas no período da Copa. O resultado, contudo, dependerá do desempenho da Seleção Brasileira na competição
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

Um incremento de R$ 5,4 milhões no faturamento de bares e restaurantes do Ceará. É esse o montante que a Copa do Mundo deve gerar no Estado, conforme pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No País, a movimentação financeira com a Copa no segmento é calculada em R$ 251,7 milhões.

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O valor estimado para girar nas atividades especializadas em serviços de alimentação no Estado é o segundo maior do Nordeste. Em primeiro lugar vem a Bahia, que deve registrar um aumento de R$ 5,6 milhões em seu faturamento. A expectativa de faturamento em bares e restaurantes do Rio Grande do Norte, assim como no Ceará, é de R$ 5,4 milhões.

Conforme o Diário do Nordeste publicou na edição de 14 de junho, o setor estima melhor desempenho possível do Brasil nos torneios, tendo em vista o maior retorno financeiro ao setor. "Temos uma expectativa muito boa. Claro que, naturalmente os resultados dependem do desempenho da Seleção Brasileira. Quanto mais longe (na competição) formos, melhor serão nossas vendas e movimentação. Caso cheguemos à final (do campeonato), estimamos um incremento de 20% a 25% (nas vendas). E se formos campeões (do torneio), esse percentual pode chegar a 30%", declarou o presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes, Barracas de Praia, Buffets e Similares do Estado do Ceará (Sindirest-CE), Moraes Neto.

Faturamento

"Nossa expectativa, bem realista, é de pelo menos 15% a mais de faturamento do que em um mês de junho normal. Todas as casas estão se organizando com programação, ações promocionais, equipamentos", corroborou o diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Estado do Ceará (Abrasel-CE), Ivan Assunção.

No Brasil, o faturamento de R$ 251,7 milhões das atividades especializadas em serviços de alimentação, como bares e restaurantes, considera um aumento da clientela durante o período.

Nos meses de junho e julho, o aumento da clientela corresponderá a 3,3% do faturamento médio mensal normal.

Quase metade (48,6%) dos valores de faturamento esperados pelo setor de alimentação de todo o Brasil estão concentrados em São Paulo (R$ 82,1 milhões) e no Rio de Janeiro (R$ 40,3 milhões). O Paraná aparece em seguida, com uma receita de R$ 33 milhões.

Famílias

A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio aponta também que 9,9% das famílias brasileiras que moram em capitais pretendem fazer algum tipo de gasto relacionado ao setor de alimentação por causa do Mundial de 2018. Desse percentual, 1,9% pretende gastar em bares e restaurantes.

A intenção de consumo de alimentos e bebidas em casa se manteve equivalente ao verificado em 2014, com cerca de 53%. Para as famílias de maior poder aquisitivo, no entanto, cresceu a preferência pelo consumo domiciliar, passando de 40,4% em 2014 para 50,6% em 2018.

Comparação com 2014

A estimativa de faturamento para a Copa deste ano representa uma queda de 36,9% em relação aos R$ 399 milhões faturados durante o torneio de 2014. Segundo a CNC, a diferença está relacionada à diminuição do fluxo turístico nacional e internacional, tendo em vista que os jogos anteriores ocorreram no Brasil.

A crise econômica também foi apontada pela Divisão Econômica da CNC como justificativa para uma menor movimentação financeira no período.

Nos últimos quatro anos, os serviços de alimentação acumularam uma variação média de 29,9%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 25,9%. As maiores altas de preços ocorreram no Distrito Federal (+60%) e no Rio Grande do Sul (+37%). Por outro lado, Bahia (+24,7%) e Goiás (+26,5) registraram as menores altas.

Mais consumo

Outra pesquisa da Confederação Nacional do Comércio revela que 24,0% das famílias brasileiras têm intenção de consumir itens relacionados ao Mundial de Futebol de 2018.

Esse percentual representa menos da metade dos registros de intenção de consumo às vésperas da Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014 (50,1%). O levantamento da entidade foi efetuado em todas as capitais e respectivas regiões metropolitanas, entrevistando cerca de 18 mil consumidores.

Os produtos mais procurados deverão ser alimentos e bebidas (9,9%), itens de vestuários masculino, feminino e infantil (7,5%) e aparelhos televisores (4,3%). Em todos esses casos, as intenções atuais de gastos são menores do as relatadas antes da Copa passada (21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente).

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