Contrato para Linha Leste deve ser assinado até 15 de julho

Com exigências dos financiadores, o CE fez uma nova licitação para contratar o consórcio que realizará a obra

Escrito por Redação ,
Legenda: Dos 7,3 quilômetros de extensão da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, seis quilômetros serão construídos com as tuneladoras, equipamentos que também são conhecidos como "tatuzões"

Até o dia 15 de julho, o Governo do Estado deve assinar o contrato com o consórcio responsável pelas obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor). Essa é a expectativa do titular da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), Lúcio Gomes, que enviou a proposta do Consórcio FTS (Linha Leste) para homologação pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). "Homologado pela PGE, a gente assina o contrato na primeira ou segunda semana de julho", disse.

O consórcio é formado pelas empresas Construtora Ferreira Guedes S/A e Sacyr Construcción S/A (multinacional com atuação em cerca de 30 países), sendo 50% para cada empresa. Na terça-feira (26), a Comissão Central de Concorrências da PGE autorizou o funcionamento da Sacyr Construcción, habilitando o consórcio, encerrando a fase de habilitação.

Licitação

A licitação tem por objeto a implantação das obras civis e sistemas de alimentação de energia elétrica catenária, telecomunicações, sinalização e controle de bilhetagem, ventilação e equipamentos de oficina da Linha Leste do Metrofor fase 1. O valor ofertado pelo consórcio é de R$ 1,469 bilhão, valor 14% menor do proposto inicialmente no edital (R$ 1,71 bilhão).

Conforme a PGE, "o resultado do julgamento da Fase de Propostas Comerciais será divulgado com sessão pública, em data a ser aprazada, oportunidade em que será dado ciência ao participante com a devida antecedência". As obras incluem a construção de cinco estações, sendo quatro subterrâneas, com 7,3 quilômetros de túnel, sendo 6 quilômetros construídos por máquinas tuneladoras, chamada de shaft, também conhecida por "tatuzão".

Apenas para a construção da área de entrada para as tuneladoras, no valor de R$ 6,5 milhões, a PGE anunciou que houve dez interessados, entre empresas e consórcios. Enquanto para a implantação dos sistemas de funcionamento do metrô, apenas o Consórcio FTS entregou os documentos no prazo previsto.

Recursos

O Governo do Estado tem se esforçado na liberação de recursos para a retomada das obras da Linha Leste. Em maio, o governador Camilo Santana participou, em Brasília, de reunião com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Na ocasião, Camilo informou que o Estado buscava manter o financiamento de R$ 1 bilhão por parte do BNDES, além de recursos do Ministério das Cidades.

Em fevereiro deste ano, o Governo do Estado rescindiu o contrato com o consórcio composto pela Marquise Engenharia e a Acciona, até então responsável pela obra, sob o argumento de que o projeto teve alterações significativas, exigindo mais das construtoras e alterando os valores da obra.

Após a quebra contratual, em março, o Governo do Estado decidiu fazer uma nova licitação para retomada da obra. Na época, a previsão era de que os trabalhos fossem retomados ainda neste mês. O novo certame teve como objetivo atender a uma série de solicitações dos financiadores externos, do BNDES e também do governo federal, para inclusão e retirada de alguns sistemas e pontos que eram contemplados pelo antigo contrato.

A etapa inicial da Linha Leste terá uma extensão de 7,3 quilômetros, quatro estações subterrâneas e uma de superfície, sendo duas delas de túneis paralelos (Chico da Silva e Papicu) e duas de túneis sobrepostos (Colégio Militar e Nunes Valente).

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