Comércio do Ceará estima alta de pelo menos 5% nas vendas

Empresários do setor estão reforçando os estoques de produtos e planejando as ações promocionais para a Black Friday, que já entrou no calendário de datas especiais para o varejo. Consumidores também acompanham os preços e se programam para comprar

Escrito por Hugo Renan do Nascimento , hugo.renan@diariodonordeste.com.br

Faltando mais de um mês para a Black Friday, que ocorre no dia 23 de novembro, o comércio cearense já se movimenta para garantir diversificação de produtos e preços atrativos para os consumidores. Empresários do setor estimam um crescimento de pelo menos 5% no volume de vendas neste ano, na comparação com a campanha de 2017. A ação, que acontece, normalmente, durante toda a semana, já se consolidou no calendário de compras do Ceará.

"Nos primeiros anos da Black Friday no Estado, a gente receava que a população preferisse o Natal. Mas a data é praticamente irreversível e se dá exatamente quando os consumidores já receberam a primeira parcela do décimo terceiro salário. Então, quando a pessoa compra no cartão de crédito, ela já tem certeza que vai pagar porque já recebeu o dinheiro e não fica inadimplente", diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves.

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De acordo com ele, os lojistas já estão se preparando para a data, reforçando os estoques e formulando os anúncios para o período. "O comércio, de um modo geral, faz verdadeiras promoções. Nós estamos nos organizando e alguns se preparam com mercadorias voltadas para a data". Alves ainda explica que o amadurecimento da Black Friday no Ceará reflete no aumento das vendas.

"As vendas devem crescer mais que no ano passado por conta também de ser uma semana de promoções. Agora, sim, a data já pegou no gosto do consumidor e eu não tenho dúvida de que este ano a gente vai vender mais. Todos os setores se movimentam. Confecção, calçados, eletrônicos, eletrodomésticos... São os mais vendidos", destaca o presidente do Sindilojas.

Alento

Para o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), Freitas Cordeiro, a época é um momento de alento para o comércio cearense.

"A recuperação do varejo é um indicativo de que este ano vai ser melhor do que no ano passado. É isso que estamos sentindo do mercado e há uma expectativa positiva". Segundo ele, as ações da Black Friday são muito pontuais e rápidas. "É ter produto e preço. O diferencial está no desconto. É tiro curto e tem que ser objetivo nas ações".

Comércio eletrônico

Pesquisa da Ebit/Nielsen aponta que o comércio eletrônico deve faturar R$ 2,43 bilhões durante a Black Friday em 2018, alta de 15% na comparação com o ano passado, em todo o País. Cerca de 88,6% dos e-consumidores têm intenção de comprar na ocasião- alta de cerca de oito pontos percentuais com relação à pesquisa de expectativa de consumo realizada no ano passado.

O e-commerce continua como o principal canal de venda durante a data. Em 2017, 52% das pessoas entrevistadas fizeram suas compras em uma loja online e 57% delas pesquisaram os produtos de interesse online antes de concluir a aquisição.

A credibilidade da data é outro ponto que está crescendo ao longo dos anos. Conforme levantamento, o número de pessoas que não pretendem comprar durante a Black Friday - por não confiar que existam descontos de fato, diminuiu de 38% para 35%.

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