Com dólar alto, gasolina fica 6,3% mais cara em dez dias

Escrito por Redação ,

Rio. A escalada do dólar levou o preço da gasolina vendida pela Petrobras a patamar próximo ao recorde atingido após o início da política de reajustes diários, em julho de 2017. Nessa terça (28), a empresa vendia o combustível a R$ 2,0829 por litro, o segundo maior valor no período. O preço, que será mantido hoje, conforme informou a estatal, representa uma alta de 1,38% com relação ao praticado na segunda (27) e de 6,34% com relação ao preço vigente há dez dias, quando se iniciou o ciclo de alta atual. Desde julho de 2017, o maior preço foi registrado no dia 23 de maio: R$ 2,0867 por litro.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), os aumentos nas refinarias ainda não tiveram impacto nas bombas. Na semana passada, o preço médio da gasolina no País foi R$ 4,429 por litro, queda de 0,24% com relação ao verificado na semana anterior.

Mas o consumidor da gasolina vem se beneficiando também da queda do preço do etanol. O etanol anidro, que é misturado à gasolina, fechou a semana cotado a R$ 1,5805 por litro, de acordo com a Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP. O valor é 1,13% superior ao da semana anterior, mas 4,5% abaixo do verificado um mês antes. Nas bombas, o etanol hidratado caiu 0,94% na semana passada.

Importação

Para analistas do banco UBS, o cenário de preços atual traz desafios para as finanças da Petrobras no terceiro trimestre, já que a empresa está sendo obrigada a importar mais diesel para compensar a paralisação de sua maior refinaria. A estatal já anunciou a compra de 1,5 milhão de barris de diesel no exterior para repor estoques, mas não terá como repassar imediatamente todo o custo da importação aos consumidores, já que o preço do diesel está congelado no País.

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