Clientes do Banco do Nordeste já podem usar a rede lotérica

Consumidores poderão efetuar saques de até R$ 1,5 mil, consultar saldos e pagar boletos de até R$ 700

Escrito por Redação ,

O presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, e o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Romildo Carneiro Rolim, assinaram um protocolo de intenções na manhã desta sexta-feira (11), permitindo que agora clientes do BNB realizem transações bancárias em casas lotéricas. 

A partir da cooperação, os mais de 3,9 milhões de clientes do BNB poderão se dirigir às lotéricas para efetuar saques de até R$ 1,5 mil, consultar saldo da conta e pagar boletos do banco de até R$ 700. Especialmente para participantes dos programas de microcrédito urbano e rural, Crediamigo e Agroamigo. 

De acordo com o presidente da Caixa, o compartilhamento da rede visa trazer mais conforto e praticidade ao dia a dia dos clientes, tendo em vista a grande quantidade de lotéricas espalhadas no Brasil (13 mil), ficando 5 mil destas na região Nordeste. “Não estamos gastando nada com esse compartilhamento, mas sim diminuindo custos e dando conforto ao cliente. Imagino que daqui a 10 anos não tenhamos mais essa maneira física total de bancos, mas inovação. E vamos trabalhar cada vez mais nesta dimensão estratégica”, disse, durante a solenidade no Showroom do Banco do Nordeste, no Shopping Iguatemi.

Romildo Rolim, entretanto, negou que a medida venha a repercutir futuramente numa redução ou travamento na expansão de agências. “Não há ideia de redução, mas de aperfeiçoar e dar maior comodidade no atendimento aos clientes e aumentar a capilaridade da nossa atuação extra banco”, declarou logo após sair da lotérica Caçula, dentro do Shopping Iguatemi, onde realizou um saque inaugural, junto a Nelson Antônio de Souza. 

Banco do Brasil 

Mirando em uma sinergia entre os bancos públicos, o próximo passo da Caixa Econômica vai assinar até o próximo dia 20 de maio um contrato com o Banco do Brasil (BB) para também compartilhar com a instituição bancária seus postos de atendimento. “Todos os clientes da Caixa vão poder utilizar os canais de atendimento do Banco do Brasil e vice-versa”, emendou Nelson. Segundo ele, a futura cooperação entre os bancos poderá viabilizar em um segundo momento empréstimos de montantes maiores em várias instituições financeiras públicas, disseminando riscos. “Pode pegar uma parte na Caixa, no Banco do Brasil, e até com melhores taxas”. 

A parceria, calcula, deve beneficiar mais da metade da população brasileira, tendo em vista que a Caixa conta hoje com 87 milhões de clientes, enquanto que o Banco do Brasil soma mais 50 milhões, em 308 agências. 

A meta é que o compartilhamento da rede de atendimento agregue, aos poucos, todos os bancos público do Brasil, incluindo, por exemplo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e o Banco da Amazônia. 

Muito além do atendimento ao cliente, a integração deve resultar em uma economia para os bancos públicos, cujo “dono”, segundo o presidente da Caixa, é o povo brasileiro. 

Economia

A economia pode vir através do compartilhamento de universidades corporativas entre os bancos e a compra compartilhada de produtos em grande escala. “Por que não compartilhar compras de resma de papel ou cartuchos para todos os bancos públicos de uma vez? Sai muito mais barato. Precisamos exercitar cada vez mais isso”, incentivou Nelson. “Estamos selando hoje (ontem) o primeiro momento da parceria, levantando o que é possível compartilhar”, corroborou Romildo Rolim. 

A parceria, segundo ele, deve repercutir nos investimentos dos bancos, já que serão compartilhados treinamentos dos funcionários, gastos com compras e até com o transporte de valores, alinhando uma logística para que um carro forte atenda a mais de uma instituição.

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