Cesta básica de Fortaleza avança 3,1%; mais cara do NE

Escrito por Redação ,
Legenda: Entre os itens pesquisados, a maior alta ocorreu no preço do tomate, que avançou 16,56%
Foto: FOTO: NATINHO RODRIGUES

Os custos com alimentação continuam a pesar no orçamento do consumidor cearense. No último mês de maio, a cesta básica em Fortaleza se manteve a mais cara do Nordeste, embora tenha caído de 9ª para 10ª mais onerosa do Brasil. Na passagem de abril para maio, o preço da cesta na Capital cearense subiu 3,12% ou R$ 11,81, saindo de R$ 378,98 para R$ 390,79, conforme pesquisa divulgada ontem (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os valores médios dos 12 itens incluídos na cesta básica foram coletados ao longo de todo o mês de maio, quando ainda acontecia a greve dos caminhoneiros, deflagrada no dia 21 em todo o País.

Ainda assim, a paralisação nas rodovias não impactou precisamente nos preços dos produtos, mas no desabastecimento das gôndolas, opina o supervisor técnico regional do Dieese no Ceará, Reginaldo Aguiar.

"A alta de preços em alguns produtos aconteceu principalmente por problemas de clima ou de safra. Talvez no próximo mês (julho), venha (na pesquisa) algum efeito da greve", afirma, lembrando que muitos itens, inclusive, tiveram queda de preço, como a banana (-5,99%) e a farinha (-2,70%).

O tomate foi mais uma vez o item vilão, responsável por puxar o preço da cesta básica para cima, com uma variação de 16,56% em maio.

A cesta básica de Fortaleza foi a quarta do Brasil a registrar maior inflação (3,12%), ficando atrás somente de Campo Grande (5,22%), Florianópolis (3,49%) e João Pessoa (3,17%).

Salvador foi a capital brasileira a praticar o menor preço (R$ 327,56) em maio.

Salário mínimo

Tomando como base o salário mínimo hoje vigente de R$ 954, o tempo médio de jornada necessário para o trabalhador de Fortaleza adquirir todos os 12 produtos da cesta básica, no mês passado, foi de 90 horas e 7 minutos. Em abril, o tempo médio era de cerca de 87 horas.

Já o gasto com alimentação de uma família padrão, com dois adultos e duas crianças no período, ficou em R$ 1.172,37, também acima do valor estimado para abril, que foi de R$ 1.136,94.

Ainda conforme a pesquisa realizada pelo Dieese, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo nacional.

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