Cearenses têm rendimento médio de R$ 1.416; alta de 4%

Valor está R$ 101 acima do pior resultado registrado pela série histórica, de R$ 1.315, no 3º Tri de 2016

Escrito por Redação ,

O rendimento médio real habitual do trabalhador cearense cresceu 4% ao passar de R$ 1.361 no primeiro trimestre de 2017 para R$ 1.416 no período de janeiro a março deste ano, mas retraiu 1,6% na passagem dos últimos três meses de 2017 (R$ 1.439) para o primeiro trimestre de 2018. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que foi divulgada ontem (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o IBGE, o rendimento médio obtido no primeiro trimestre de 2018 revela estabilidade ante o trimestre imediatamente anterior e em relação ao primeiro trimestre de 2017. Apesar de um pouco mais distante de bater o melhor rendimento médio trimestral no Ceará da série histórica do Instituto, observado no terceiro trimestre de 2013 (R$ 1.471), o valor está R$ 100 acima do pior rendimento médio trimestral registrado no Estado, no terceiro trimestre de 2016 (R$ 1.315).

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Por posição na ocupação, o empregador continuou detendo o maior rendimento médio no primeiro trimestre deste ano (R$ 3.292). Entretanto, o valor caiu 12,6% ante o quarto trimestre de 2017, quando era de R$ 3.767 e retraiu 2,4% ante igual trimestre do ano anterior (R$ 3.373). O segundo melhor rendimento foi visto entre os empregados no setor público - incluindo servidores estatutários e militares -, com R$ 2.911.

Essa última categoria foi a que teve o maior crescimento no rendimento médio real habitual entre o primeiro trimestre deste ano e igual período de 2017, quando o rendimento desses trabalhadores estava em R$ 2.504. A alta chega a 16,2%. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento é de 2,3%, conforme os dados divulgados pelo IBGE.

Ainda acima da média para todos os trabalhos ficou também o rendimento dos empregados no setor privado com carteira, com R$ 1.572. Abaixo da média de R$ 1.416 ficaram os rendimentos dos trabalhadores por conta própria (R$ 868); os empregados no setor privado sem carteira (R$ 856) e os trabalhadores domésticos (R$ 583).

Levando em consideração os grupamentos de atividade, os maiores salários ficam com os empregados da área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas, com R$ 2.539, seguidos pelos trabalhadores que atuam na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com rendimento de R$ 2.452.

Os que trabalham com atividades ligadas ao transporte, armazenagem e correio tiveram rendimento médio de 1.538 no primeiro trimestre deste ano. Completam a lista os trabalhadores do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 1.281); da indústria (R$ 1.187); da construção (R$ 1.184); outros serviços (R$ 1.093) e alojamento e alimentação (R$ 938).

No fim do ranking aparecem as atividades ligadas aos serviços domésticos (R$ 583) e à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 408), sendo este último o que teve a maior queda no rendimento médio real habitual na comparação com o quarto trimestre de 2017 (-20,8%). O crescimento mais expressivo, levando em conta essa mesma base de comparação, foi observado entre os trabalhadores da construção, alta de 9,7%.

A massa de rendimento real habitual das pessoas ocupadas em todos os trabalhos no Ceará cresceu 9% ao passar de R$ 4,438 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 4.838 no primeiro trimestre deste ano.

Nordeste

O rendimento médio real habitual do Ceará ficou abaixo do observado para o Nordeste, de R$ 1.501. O valor representa um pequeno crescimento de 0,5% ante o trimestre imediatamente anterior e de 1,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano de 2017. Por posição na ocupação, os melhores rendimentos na região ficaram com os empregadores (R$ 3.908) e com os trabalhadores do setor público (R$ 2.845). Os piores rendimentos foram observados entre os trabalhadores por conta própria (R$ 907); empregados do setor privado sem carteira de trabalho (R$ 806) e os trabalhadores domésticos (R$ 582).

Brasil

O rendimento médio real habitual do País ficou acima das médias para o Nordeste e para o Ceará. No primeiro trimestre de 2018, o trabalhador brasileiro teve rendimento médio real de R$ 2.169, valor que aponta estabilidade ante os rendimentos no primeiro trimestre de 2017 (R$ 2.169) e o último trimestre do ano passado, quando ficou em R$ 2.173, segundo o IBGE.

Os maiores rendimentos ficaram com os empregadores (R$ 5.346); seguidos pelos empregados no setor público (R$ 3.485) e pelos empregados no setor privado com carteira (R$ 2.074). O pior rendimento ficou com os trabalhadores domésticos, com R$ 881.

Por grupamento de atividades, os melhores rendimentos ficaram com os empregados nas áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas (R$ 3.178) e na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com R$ 3.176.

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