CE: salário menor faz emprego entre jovens avançar

De janeiro a agosto deste ano, a maior parte das admissões ocorreu no grupo de 18 a 24 anos, com 18.686 vagas

Escrito por Redação ,
Legenda: Considerando os setores, a indústria teve o melhor resultado no Estado de janeiro a agosto, com saldo positivo de 7.426 vagas. Em seguida, está o setor de comércio e serviços, com saldo de 6.961 empregos

O emprego formal vem ser recuperando mês a mês no Ceará, oferecendo oportunidades principalmente para os mais jovens. De janeiro a agosto deste ano, 262.924 pessoas foram admitidas e 247.789 demitidas, gerando um saldo positivo de 15.175. Deste total de postos de trabalho criados, 9.950 foram destinados aos homens e 5.225 às mulheres. A maior parte das admissões foi observada no grupo com pessoas de 18 a 24 anos, com 18.686 novas vagas, enquanto o pior resultado ficou na faixa de 50 a 64 anos, que registrou saldo negativo de 3.365. As informações são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo Mardônio Costa, analista de Mercado de Trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), a maior contratação de jovens, cuja mão de obra é mais barata, reflete a lenta retomada da economia no País. "De modo geral, os empresários, diante dessa conjuntura de incertezas e lenta recuperação, buscam reduzir custos com uma mão de obra mais barata. Geralmente, os jovens são pessoas com menos experiência", afirma

A afirmação do analista do IDT é reforçada pelos dados sobre remuneração fornecidos pelo Caged. De janeiro a agosto deste ano, o salário médio dos trabalhadores admitidos no Ceará (R$ 1.248,87) foi cerca de 5% inferior à remuneração das pessoas demitidas no Estado (R$ 1.309,18).

Considerando o grupo de pessoas até 29 anos, de todas as faixas (até 17, de 18 a 24 anos, e de 25 a 29 anos), o número de admissões superou o de desligamentos em 21.758. Por outro lado, para pessoas com 30 anos ou mais, houve retração do número de vagas para todas as faixas, totalizando um saldo negativo de 6.583 postos.

Tipo de empresa

Com relação ao tipo de empresa, o setor da indústria registrou um saldo positivo de 7.426 postos, enquanto o setor de comércio e serviços o saldo positivo foi de 6.961. Em ambos os setores, as micro empresas foram responsáveis pela maior parte das novas vagas. Na indústria, as micros empresas (com até 19 empregados) foram as que mais geraram novas vagas, com saldo de 8.155. Em seguida aparecem as grandes empresas (com 500 ou mais empregados), com saldo de 641, e as pequenas empresas (de 20 a 99 empregados), com saldo de 257. Por outro lado, as empresas médias (de 100 a 499 empregados) foram as únicas que apresentaram saldo negativo, com 1.617 vagas a menos. Entre indústrias não classificadas pelo Caged, foram reduzidas 10 vagas.

No setor do comércio e serviços, as micro empresas (com até 9 empregados), tiveram um saldo positivo de 7.603. Em seguida aparecem as grandes (com 100 ou mais empregados), com 1.370 novas vagas. Por outro lado, as pequenas empresas do setor (de 10 a 49 empregados) apresentaram saldo negativo de 2.871 vagas e as médias (de 50 a 99 empregados) apresentaram dedução de 818 vagas. Já as empresas não classificadas apresentaram o incremento de 1.677 vagas no ano.

Escolaridade

Levando-se em conta apenas o grau de instrução, o grupo que compreende pessoas com nível médio completo apresentou um saldo positivo de 11.373 novas vagas, seguido pelo grupo com superior completo (5.116) e superior incompleto (703). Os grupos que apresentaram as maiores quedas foram os com pessoas com fundamental completo (-1.117) e médio incompleto (-1.057). Já o grupo de pessoas com algum tipo de deficiência registrou um crescimento de 40 vagas no ano.

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