BVRg gira R$ 2,5 mi e quer popularizar mercado de ações

Escrito por Redação ,
Para suprir a carência existente entre as empresas da região por consultoria especializada em finanças corporativas, a Bolsa Regional está também criando uma nova área de consultoria e pesquisa.

A Bolsa de Valores Regional fechou o ano de 2002 com um resultado líquido de R$ 2,5 milhões, superando em 19% o valor alcançado em 2001, que foi de R$ 2,1 milhões. Enquanto isso, no cenário nacional, o mercado de ações da Bovespa terminou o ano com um resultado negativo de 17%. Para este ano, entretanto, as perspectivas são bem melhores. Na avaliação do superintendente geral da BVRg, Pedro Brito, desde o último trimestre o mercado voltou a apresentar ‘‘uma forte tendência de crescimento’’.

Brito cita entre os indicadores que justificam as boas perspectivas para 2003 a definição do cenário político-econômico, com a divulgação da equipe do novo governo federal, que ajudou a acalmar o mercado. O superintendente da BVRg comenta que o índice Risco Brasil, antes num patamar acima dos 2 mil pontos, está agora por volta de 1.200. Segundo ele, a expectativa é de que o Risco Brasil atinja níveis de 700 ou 800 pontos ainda este ano. O presidente da BVRg, Raimundo Padilha, também lembra um fato positivo para o mercado que foi a eliminação da cobrança da CPMF nas operações da Bolsa. ‘‘Foi uma conquista, pois a cobrança da CPMF estava transferindo as operações no Brasil para Nova York’’.

‘‘Quem pensa em investir no mercado de ações deve começar agora’’, diz Pedro Brito. Confirmando as boas perspectivas para 2003, a Bolsa de Valores Regional pretende implementar ao longo do ano uma série de projetos no sentido de desenvolver o mercado regional. Uma das ações, com o objetivo do popularizar o mercado de ações, é a criação de clubes de investimento. Numa parceria com o Instituto Nacional de Investidores, a BVRg pretende favorecer o surgimento destes grupos de investidores, oferecendo treinamento às pessoas interessadas em ingressar nesse tipo de investimento.

De acordo com o presidente da BVRg, Raimundo Padilha, no Brasil existem cerca de 450 clubes de investimento com mais de 15 mil cotistas, lembrando que no ano passado um destes clubes obteve rentabilidade positiva de 70%. Para ele, este é um bom meio de incentivar e popularizar o mercado de ações. ‘‘Quando uma pessoa é cotista de um clube, acaba começando também a formar sua carteira individual’’, afirma Padilha. Para Pedro Brito, o potencial do mercado brasileiro possibilita superar ainda mais o atual número de clubes de investimento.

Outro foco da atuação da Bolsa de Valores Regional em 2003 está no Mercado de Acesso Regional, que pretende apoiar empresas médias da região em sua preparação para entrar no mercado de capital aberto. ‘‘Este é um dos grandes projetos para 2003, para que as empresas possam ter um primeiro degrau de acesso ao mercado’’, diz o superintendente geral da BVRg. Além disso, às empresas nordestinas também poderão contar com o Fundo de Empresas Emergentes, que inicia o ano já com a captação de recursos da ordem de R$ 20 milhões, oriundos de vários parceiros, dentre eles os governos estaduais de Pernambuco, Bahia e Ceará.

Para suprir a carência existente entre as empresas da região por consultoria especializada em finanças corporativas, a Bolsa Regional está também criando uma nova área de consultoria e pesquisa. Atuando em parceria com outros escritórios, a nova área prestará consultoria em negócios envolvendo fusões e aquisições, tecnologia de produção, comércio internacional e reorganização de passivos (um passo necessário às empresas que desejam abrir seu capital).

Na área educacional, a BVRg pretende lançar no segundo semestre deste ano uma faculdade que passará a oferecer cursos ligados à administração e finanças. A previsão é de que em julho próximo já aconteça o vestibular para duas turmas de Administração, o primeiro curso a ser criado. Posteriormente deverão ser ofertados cursos superiores em Ciências Contábeis, Economia de Empresas, Engenharia de Produção e Direito.

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