Brasil perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho

No período investigado pelo IBGE, 1,379 milhão de brasileiros migrou para o contingente de desempregados

Escrito por Redação ,
Legenda: No que diz respeito aos contratados com carteira assinada, o País perdeu 493 mil vagas em um período de um ano, segundo o IBGE
Foto: Foto: VALDECIR GALOR/SMCS

Rio. O País perdeu 1,528 milhão de postos de trabalho em apenas um trimestre, ao mesmo tempo em que mais 1,379 milhão de pessoas migraram para o contingente de desempregados. Outros 233 mil indivíduos aderiram à população inativa no primeiro trimestre de 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã dessa sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, o mercado de trabalho perdeu 408 mil vagas com carteira assinada em relação ao quarto trimestre de 2017, descendo ao menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado encolheu em 402 mil pessoas, e outros 248 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve queda de 255 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 167 mil pessoas.

De acordo com o IBGE, o Brasil tinha 13,689 milhões de pessoas em busca de emprego no primeiro trimestre deste ano. O mercado de trabalho brasileiro perdeu 493 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017.

Série histórica

O total de vagas formais no setor privado no País caiu a 32,913 milhões de postos, o montante mais baixo de toda a série histórica iniciada em 2012.

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,2% em um ano, com 533 mil empregados a mais.

O total de empregadores cresceu 5,7% ante o primeiro trimestre de 2017, com 234 mil pessoas a mais. O trabalho por conta própria cresceu 3,8% no período, com 839 mil pessoas a mais. A construção cortou 280 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pnad Contínua. O total de ocupados na atividade encolheu 4,1% no primeiro trimestre de 2018 ante o mesmo período de 2017.

Também houve corte de vagas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 196 mil empregados, um recuo de 2,3% no total de ocupados.

Indústria corta 327 mil

A indústria cortou 327 mil postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano, recuo de 2,7% no total de ocupados no setor em relação ao quarto trimestre do ano passado.

A atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 129 mil vagas em um ano, 1,3% de ocupados a mais.

Setores

Também houve aumento de trabalhadores de alojamento e alimentação (+283 mil), outros serviços (+441 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+467 mil vagas), transporte, armazenagem e correio (+105 mil vagas) e serviços domésticos (+151 mil empregados).

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