Arrecadação do CE deve subir R$ 5 bi

Em novo estudo, a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito(ANBC) revela que a adoção do Cadastro Positivo de consumidores deverá gerar, além da expansão do crédito, um incremento da arrecadação de IPVA e ICMS dos estados. No caso do Ceará, a estimativa é que a arrecadação de impostos estaduais será acrescida em mais de R$ 5 bilhões - sem alteração de alíquotas.

Com o novo modelo de Cadastro Positivo, 947 mil consumidores cearenses deverão ser incorporados ao mercado local, conforme projeta a ANBC.

Atualmente, sem o Cadastro Positivo, a soma de arrecadação desses impostos pelos estados brasileiros é de R$ 5,587 trilhões. Com o novo Cadastro Positivo, a previsão é que o montante alcance R$ 5,793 trilhões no médio prazo, totalizando uma expansão de R$ 205,7 bilhões no período, devido ao estímulo da atividade econômica.

Inclusão automática

No Ceará, que hoje tem uma arrecadação de ICMS e IPVA da ordem de R$ 137,7 bilhões, de acordo com a ANBC, a introdução do Cadastro Positivo com inclusão automática de consumidores elevará essa arrecadação, a médio prazo, para R$ 142,7 bilhões, ou cerca de R$ 5 bilhões a mais. Além disso, o novo modelo de Cadastro Positivo poderá reduzir em 45% a inadimplência no Estado, segundo a entidade.

Elias Sfeir, presidente da ANBC, observa que a pesquisa sobre a influência do novo Cadastro Positivo na arrecadação de impostos foi uma solicitação de representantes dos legislativos estaduais. "As unidades da federação dependem vitalmente da arrecadação do IPVA e ICMS para investir em programas sociais, principalmente em saúde e educação, e o novo modelo de Cadastro Positivo pode ser a solução para arrecadar mais sem aumentar impostos" observa.