Acordos com cearenses superam 150 mil euros

Conforme empresários, além de aportes financeiros, Estado foi beneficiado com o ingresso de tecnologias

Escrito por Levi de Freitas - Repórter ,
Legenda: A oitava edição do evento foi a primeira fora de São Paulo e registrou número recorde de acordos (96), segundo a organização
Foto: Foto: Saulo Roberto

Os empresários cearenses que participaram da 8ª edição do Matchmaking em Energias Renováveis Low Carbon Business Action Brazil (LCBA) saíram satisfeitos do evento. Na ocasião, primeira realizada no País fora de São Paulo, foram fechados negócios que aproximaram o mercado de energias limpas do Estado a empresas europeias, bem como, do resto do Brasil. Os acordos fechados superam os 150 mil euros.

O Ceará, anfitrião da missão, que é patrocinada pela União Europeia, teve dois representantes dentre os participantes: a RMS Engenharia e a Wise Energia Inteligente. Os empresários representantes de ambas as empresas relataram bom retorno do contato com as novidades tecnológicas da área oriundas do Velho Continente.

Conforme o diretor-executivo da Wise Energia Inteligente, Carlos Barroso, a empresa fechou negócios que superam os 100 mil euros. Além disso, conforme relatou, obteve parcerias que vão além do recurso financeiro, gerando a perspectiva de avanços na própria gestão empresarial do negócio. "A Wise participou do evento com a intenção de conseguir fundo de investimento de capital intelectual. Algumas empresas que pudessem entrar não só com recurso, mas com algum tipo de consultoria na área financeira e na área estratégica da empresa. A gente negociou em torno de 100 mil a 150 mil euros em dois contratos. Um deles, agora para o próximo trimestre, e o outro no segundo trimestre de 2018. O evento é excelente, foi muito proveitoso, e gerou boas oportunidades. Com certeza, vamos colher os frutos", apontou.

Os contratos foram firmados com uma empresa alemã e outra sueca. Os nomes e os valores individuais não foram revelados, segundo Barroso, por questões de confidencialidade contratual.

"Fizemos parcerias com boas empresas. Uma, voltada para investimentos no Brasil, na área de energias renováveis, é uma empresa sueca de investimentos, onde ela investe na área de energias em vários projetos. Fomos selecionados com bastante interesse para fazer parte do time. A outra, uma alemã de consultoria, que tem interesse em investir para que a nossa operação passe a ter fundos próprios e consiga operacionalizar melhor".

Benefícios

O diretor-executivo da Wise apostou que os acordos trarão benefícios para o setor no Estado como um todo. "Isso vai trazer grandes benefícios não só para o Estado mas para toda a área de energias renováveis. Com recurso próprio e fazendo uma taxa de juros menor que a oferecida no mercado, posso baixar meus preços e, consequentemente, minhas parcelas, já que financio e alugo equipamentos aos clientes, facilitando esse espalhamento da energia limpa para o cliente final", relatou.

Já o sócio proprietário e diretor da RMS Engenharia, Rodrigo Fortes, explicou que, no evento, conheceu novas tecnologias vindas da Europa e que está estudando a possibilidade de incorporá-las no mercado local.

"Fechei dois acordos, com uma empresa portuguesa e outra alemã. Mas tivemos sinergia também com as empresas brasileiras, que também fizeram negócios entre si. Vou estudar os produtos deles, para ver se o mercado absorve, aumentando a competitividade e absorção de tecnologia da minha empresa".

Os valores dos negócios e os nomes das empresas também não foram revelados por questões contratuais, segundo o empresário Rodrigo Fortes.

Acordos

O Low Carbon Business Action Brazil, realizado em Fortaleza na semana passada, foi a edição com o maior número de acordos fechados em todos os tempos: ao todo, 96 contratos foram firmados entre os participantes, de acordo com a organização.

O assessor da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Ubiratan Castellano, enalteceu os resultados do evento em Fortaleza.

"Vimos aqui um bom desenvolvimento de empresas europeias, trazendo sua experiência, tecnologias, novos modelos de negócios, novas possibilidades de produção energética, que é o que interessa para o País, tanto para aproveitar o potencial do Brasil como todo, em especial o potencial do Nordeste para as energias renováveis", apontou Ubiratan Castellano.

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