Turquia prende 4 suspeitos de terror

Escrito por Redação ,

Ancara/Washington. Quatro iraquianos que planejavam atacar a embaixada dos EUA em Ancara foram presos ontem pelas forças de segurança turcas.

Os quatro homens foram presos na cidade de Samsun, no Mar Negro, no norte da Turquia, durante uma operação após um alerta de segurança emitido no dia anterior pela embaixada americana, fechada ontem.

Os quatro suspeitos presos são ligados ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Documentos digitais encontrados em sua posse foram apreendidos.

A embaixada americana na Turquia, alvo de um atentado suicida em 2013 decidiu continuar fechada hoje. As autoridades turcas reforçaram as medidas de segurança em Ancara e conduziram uma operação contra supostos membros do EI.

Doze pessoas foram presas ontem na capital e mandados de prisão foram emitidos para outros oito suspeitos como parte de uma investigação contra o EI.

As pessoas detidas são de nacionalidade estrangeira, trabalhavam no recrutamento de combatentes para o EI e tiveram contato com "zonas de combate".

A prefeitura de Ancara também emitiu nota anunciando a implementação de medidas de segurança reforçadas após informações fornecidas pelos americanos sobre o risco de ataque.

A Turquia foi alvo nos últimos anos de vários atentados mortais, atribuídos ou reivindicados por militantes curdos e pelo EI.

O país tem sido, há anos, o principal ponto de passagem para a Síria para estrangeiros, especialmente ocidentais, que desejam se juntar a grupos jihadistas, incluindo o EI. Por muito tempo acusada de não fazer o suficiente para lutar contra a ascensão do EI e fechar os olhos para essas passagens, a Turquia, após os ataques em seu próprio território, fechou sua fronteira com a Síria e multiplicou as detenções e expulsões de jihadistas.

O governo informou que mais de 4.000 membros do EI, incluindo 1.858 estrangeiros, foram presos desde 2011. Enquanto isso, as relações entre Washington e Ancara ficaram tensas nos últimos meses, com a Turquia acusando os EUA de armar a principal milícia curda da Síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), contra quem Ancara lançou uma ofensiva no enclave de Afrin, no noroeste da Síria.

A Turquia considera as YPG como uma entidade terrorista. Washington pede que Ancara se concentre na luta contra o EI.