Trump confirma encontro com Kim

Coreia do Norte liberta três americanos em sinal de ‘boa vontade’ para negociar com EUA sobre programa nuclear

Escrito por Redação ,
Washington/Pyongyang. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a data e o local para o encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jon Un, foram definidos. O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, voltou de Pyongyang juntamente com os três americanos que estavam detidos acusados de atividades anti-estatais. 

Trump elogiou o “gesto de boa vontade” de Kim. “Os três americanos parecem estar bem de saúde e todos puderam embarcar no avião sem ajuda”, informou a Casa Branca. “Todos os americanos esperam dar boas-vindas e vê-los reunidos com seus entes queridos”. 

Pyongyang concedeu aos três homens uma “anistia”. Dois dos libertados, o especialista agrícola Kim Hak-song e o ex-professor Tony Kim, foram presos em 2017, enquanto Kim Dong-chul, um empresário americano nascido na Coreia do Sul e pastor de cerca de 60 anos, havia sido condenado a 10 anos de trabalho forçado em 2016. O encontro de Trum com Kim será histórico e tratará da desnuclearização da península coreana. 

Ontem, Trump descartou a Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide a península da Coreia como sede de sua cúpula com Kim. O local sediou em abril uma cúpula entre os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul, a 3ª depois da guerra. Kim se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping na terça pela 2ª vez em seis semanas, revelando os esforços desses dois aliados da Guerra Fria para normalizar as deterioradas relações entre Pyongyang e Washington. Kim disse a Xi que não há necessidade de a Coreia do Norte ser um Estado nuclear, “desde que as partes interessadas deixem de lado suas políticas hostis e ameaças à segurança” da Coreia do Norte.

Já a decisão de Trump de retirar os EUA do acordo nuclear iraniano não apenas arruína a credibilidade diplomática de Washington, como complica as negociações com Kim sobre seu arsenal nuclear, avaliaram especialistas. A decisão foi tomada enquanto outras partes signatárias do acordo defenderam que Teerã cumpriu suas obrigações.

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