Trump confirma cúpula com Kim em Singapura
Depois de reuniões com o braço direito do líder norte-coreano, Washington indicou otimismo para negociar
Washington. O histórico encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, acontecerá, de fato, no próximo dia 12, em Singapura.
Foi o que garantiu o americano, depois de uma reunião de quase duas horas com o braço direito do ditador, Kim Yong-chol, na sexta, na Casa Branca.
O americano afirmou que a conversa foi bastante produtiva e que se falou "de quase tudo", mas não de violações aos direitos humanos. O regime norte-coreano reprime opositores e tem milhares de presos políticos, inclusive americanos libertados recentemente. Ele ressaltou que não haverá novas sanções enquanto estiverem em curso as negociações. "Eu espero que chegue o dia em que eu possa retirar as sanções", afirmou Trump.
O presidente dos EUA e o representante de Kim Jong-un também conversaram sobre a negociação para pôr fim, de maneira formal, à guerra da Coreia, que até hoje não terminou, só foi interrompida por um armistício.
Trump também disse que Japão, Coreia do Sul e China terão que desempenhar papéis importantes para ajudar a Coreia do Norte a se desenvolver: "É a vizinhança deles. Nós estamos muito longe", afirmou.
Início de processo
Desde 2000, durante a presidência do Bill Clinton, um funcionário tão alto do governo norte-coreano não visitava a Casa Branca. Trump disse que o encontro, daqui a menos de 10 dias, pode não resolver todas as questões pendentes entre Coreia do Norte e EUA, mas será o início de um processo de construção de relacionamento bilateral.
Para a pesquisadora Jenny Town, do Stimson Center, o encontro é um "prêmio" cobiçado por ambos os líderes e cria espaço para o fim da guerra e o acerto de um plano de desnuclearização.