Rússia expulsa mais diplomatas

Escrito por Redação ,
Legenda: O governo de Vladimir Putin sustenta que não iniciou a "guerra" nas relações exteriores
Foto: Foto: Agência France Presse

Moscou. A Rússia expulsou diplomatas de 23 países na sexta-feira (30) em uma resposta exata às medidas adotadas por estas nações após o envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido. Os embaixadores de 23 países, incluindo França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Canadá e Polônia, foram convocados pelo ministério russo das Relações Exteriores para a notificação das medidas de expulsão.

"Eles receberam uma nota que afirma que, em protesto pelas acusações insensatas e as expulsões de diplomatas russos (...), a Rússia declara 'persona non grata' a quantidade correspondente de funcionários diplomáticos", anunciou o ministério em um comunicado.

Quatro diplomatas da Alemanha e da Polônia, por exemplo, devem abandonar a Rússia.

Treze diplomatas ucranianos devem deixar o território russo, o mesmo número de funcionários de Moscou obrigados a deixar Kiev esta semana.

Apenas quatro países que anunciaram medidas contra a Rússia não foram afetados pelas represálias. "Como Bélgica, Hungria, Geórgia e Montenegro decidiram no último momento unir-se ao movimento, a Rússia se reserva o direito de tomar medidas mais adiante", afirmou o ministério. Moscou também decidiu adotar novas medidas contra a Grã-Bretanha e deu a Londres o prazo de um mês para reduzir do número de funcionários diplomáticos na Rússia.

Em 17 de março, Moscou já havia anunciado a expulsão de 23 diplomatas britânicos e ordenou o fechamento do British Council e do consulado britânico de São Petersburgo, uma represália à expulsão de diplomatas russos decidida por Londres.

O Kremlin sustenta que não é responsável pela "guerra diplomática" das últimas semanas.

"Não foi a Rússia que iniciou uma guerra diplomática (...) não foi a Rússia que iniciou as sanções ou a expulsão de diplomatas" declarou Vladimir Putin, por meio de seu porta-voz.