Paralisação nos EUA completa dois meses e causa fila nos aeroportos

Autoridades culparam a paralisação do governo pela ausência de trabalhadores de segurança dos aeroportos norte-americanos

Escrito por AFP ,

Os Estados Unidos entraram, nesta terça-feira (22), no segundo mês da paralisia parcial do governo ("shutdown"), devido à falta de acordo orçamentário no Congresso, e tem provocado problemas no País, entre eles, segundo autoridades americanas, longas filas nos aeroportos.

Desde 22 de dezembro, boa parte do Governo Federal está bloqueada pela queda de braço entre os democratas do Congresso e a Casa Branca sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México, o qual o presidente Donald Trump está determinado a construir.

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Trump se nega a assinar qualquer lei orçamentária que não contemple os 5,7 bilhões de dólares considerados necessários para o muro contra a imigração ilegal, uma de suas principais promessas de campanha.

Os democratas se opõem ao financiamento da obra por considerá-la "imoral", custosa e ineficaz. 

No sábado, Trump ofereceu estender a permanência de um milhão de imigrantes prestes a serem expulsos. Embora tenha sido rejeitada pela oposição e até por alguns republicanos, essa proposta pode servir de base para novas negociações.

Nesta terça (22), o Senado deve votar a proposta.

Efeitos

Cerca de 800.000 funcionários federais estão em licença não remunerada, ou trabalhando sem receber. Em áreas sensíveis, como Segurança Interna e transportes, o pessoal está reduzido ao mínimo.

Os parques nacionais estão sem vigias, vários museus estão fechados, e o funcionamento dos aeroportos está mais lento.

Os funcionários afetados devem receber retroativamente, mas mais de um milhão de trabalhadores terceirizados não receberá por esse período.

O mais longo da história americana, este "shutdown" também está tendo um custo político. Uma enquete mostrou que a maioria dos americanos responsabiliza republicanos e a Casa Branca pela crise.

Diante do risco de processos judiciais, Trump evitou usar uma lei de urgência que lhe permitiria passar por cima do Congresso e levar o muro adiante.

Com informações do jornal O Estado de São Paulo