Furacão Michael atinge categoria 4 e se torna "extremamente perigoso"
O estado da Flórida se prepara para a chegada do fenômeno que deve apresentar ventos de até 210 km/h
O furacão Michael, que avança em direção à costa da Flórida, alcançou a categoria 4 - na escala que vai até 5 -, anunciou o Centro Nacional de Furacões (NHC), que classificou o fenômeno como "extremamente perigoso". O NHC afirmou que o furacão está acompanhado por ventos de até 210 km/h e deve tocar a terra ainda nesta quarta-feira (10) na zona noroeste do estado, com risco para a população.
Uma tempestade de até 4 metros é esperada em algumas áreas, de acordo com o NHC.
O Serviço Meteorológico Nacional na capital do estado, Tallahassee, divulgou um apelo para que as pessoas obedeçam as ordens de evacuação. "O furacão Michael é um fenômeno sem precedentes e não pode ser comparado com nenhum dos anteriores. Não arrisque sua vida, saia AGORA se você recebeu a ordem para fazer isto", afirma o comunicado.
O impacto do "gigantesco" furacão Michael pode provocar uma "devastação total" na região noroeste do estado americano. O fenômeno deve tocar a terra nas próximas horas em uma área próxima da divisa com Alabama, antes de seguir a trajetória para o Atlântico.
O governador Rick Scott pediu durante a madrugada que a população obedeça as ordens de saída. "As decisões que você e sua família tomarão nas próximas horas podem fazer a diferença entre a vida e a morte", escreveu no Twitter.
Algumas horas antes, o governador advertiu que Michael poderá ser "a tormenta mais devastadora a atingir a Flórida em décadas".
Será a tempestade mais potente em mais de 100 anos em algumas regiões, alertou o serviço de emergências do estado. "É sua última oportunidade de preparação para esta tempestade monstruosa e mortal", afirmou Scott na terça-feira (9).
Às 6h GMT (às 3h em Brasília), o furacão Michael estava a 290 km ao sul de Panama City, com um deslocamento para o norte e velocidade de 19 km/h.
Na terça-feira, o presidente Donald Trump emitiu uma declaração de estado de emergência para a Flórida, o que permite liberar material e recursos federais.
Depois da Flórida, Michael pode afetar "partes da Geórgia e, lamentavelmente, outra vez a Carolina do Norte e do Sul", já atingidas pelo furacão Florence no mês passado, disse o presidente.
Florence deixou 40 mortos e provocou danos avaliados em bilhões de dólares.
A governadora do estado vizinho do Alabama, Kay Ivey, decretou estado de emergência na segunda-feira (8). As áreas costeiras estão sob ordens de evacuação obrigatória.
No condado de Bay em particular, onde fica Panama City e se espera o impacto direto do furacão, 120 mil moradores devem abandonar suas casas, de acordo com o policial Tommy Ford.
O Partido Democrata apresentou uma demanda para exigir do governo que prolongue em uma semana o prazo de registro para votação, que acabava na terça-feira.
A autoridade eleitoral da Flórida determinou que os escritórios locais aceitem novos registros de eleitores até um dia depois da reabertura após o estado de emergência.
No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3 mil mortos no território americano de Porto Rico.
A temporada de furacões no Atlântico termina em 30 de novembro.