Em prisão domiciliar por crime sexual, atriz de 'Smallville' pede direito de ir a escola e trabalhar

Mack, que ficou conhecida por interpretar a jornalista Chloe Sullivan na série "Smallville"

Escrito por Folhapress ,

A atriz Allison Mack, 36, que está em prisão domiciliar por liderar uma seita sexual ao lado do guru Keith Raniere, 57, entrou em pedido para que possa trabalhar, ir para a escola e participar de cultos religiosos.

Mack, que ficou conhecida por interpretar a jornalista Chloe Sullivan na série "Smallville", cumpre prisão domiciliar na casa de seus pais, na Califórnia, desde abril.

Ela foi presa sob acusações de tráfico sexual, conspiração para tráfico sexual e conspiração para trabalho escravo. As acusações podem render penas de 15 anos à prisão perpétua.

Ela pagou fiança no valor de US$ 5 milhões e foi liberada com um monitor para que cumprisse prisão domiciliar. Ela nega todas as acusações.

Segundo a revista People, os atuais termos da prisão domiciliar da atriz ditam que ela só pode sair da casa dos pais para se apresentar ao tribunal ou consultar seus advogados.

"Embora as acusações impeçam ela de perseguir sua carreira de atriz, a senhorita Mack está interessada em contribuir para a sociedade", diz o pedido, segundo a revista People.

"Estas atividades não apenas permitirão que Mack use seu tempo de forma produtiva como também assistirão em sua reintegração com a sociedade se ela for inocentada das acusações ou mesmo no improvável cenário de ela ser condenada após o julgamento."

Seita escravizava mulheres 

A seita que ela liderava é conhecida por NXIVM (pronuncia-se nexium) e funciona sob uma filosofia que prometia sucesso pleno. Seu idealizador, Raniere, também foi preso no mês passado. 

Além de cursos e workshops, a seita tinha um braço mais exclusivo, o DOS. A  principal teoria é que a sigla queria dizer "dominus obsequious sororium", que em latim quer dizer "mestre das mulheres escravas". Era justamente nesse setor mais obscuro que Mack foi convidada a participar como recrutadora.

De acordo com a Variety, as mulheres selecionadas passavam por um ritual de passagem. Elas eram marcadas na região pélvica com uma caneta de cauterização. As marcas eram as iniciais KR (Keith Raniere) ou AM (Allison Mack). 

Durante o procedimento, as pessoas da seita geralmente colocavam suas mãos sobre seu peito e diziam frases como: "sinta a dor" e "pense no seu mestre". Nuas, elas faziam um voto de lealdade ao seu guru. Sua submissão era reforçada com fotos nuas que eram guardadas pelo grupo.