Domo do Taj Mahal ficará coberto para restauro até o fim de 2018

Pela estrutura delicada do domo não serão usados andaimes de ferro. Pretende-se usar andaimes feitos de bambu, solução usada nos anos 40, quando o Taj Mahal passou por pequenas obras

Escrito por FolhaPress ,

O domo do Taj Mahal, em Agra, na Índia, perderá um pouco de seu esplendor no próximo ano para ser restaurado.

As obras, que começaram na metade de 2015, são parte da primeira limpeza total desde que o mausoléu foi erguido, há 369 anos. A limpeza de paredes e minaretes já está quase finalizada.

A dificuldade da limpeza do domo, porém, é saber como escalá-lo sem danificá-lo. Os andaimes de ferro, que são usados nas outras partes do prédio, não seriam suportados pela estrutura delicada do domo.

Bhuvan Vikrama, superintendente de Pesquisas Arqueológicas da Índia, disse à agência de notícias Associated Press que a opção é usar andaimes de bambu -solução adotada nos anos 40, quando pequenas obras de restauração foram feitas no domo.

Os técnicos usam uma pasta natural para remover a coloração amarelada que o mármore adquiriu depois de anos exposto à poluição.

A previsão de duração das obras é de dez meses.

Visitas

Com o domo -e centro das atenções- em obras, existe uma polêmica quanto a visitá-lo ou adiar a viagem para 2019.

O guia "Fodor's" colocou o Taj Mahal na sua lista de lugares a serem evitados no próximo ano.

"A não ser que a sua visita dos sonhos envolva ser fotografado em frente a um domo coberto por andaimes e barro, então é melhor esperar até, pelo menos, 2019", diz o guia.

Vikrama discorda. Ele cita as imagens da restauração de 1940, que hoje são documentos interessantes e históricos.

"Mesmo se o fluxo de turistas diminuir, não há motivos para nos preocuparmos", diz. "Os que vierem até aqui serão testemunhas de nosso esforço para a preservação do monumento"

O Taj Mahal recebe, em média, de 7 a 8 milhões de visitantes por ano. O mausoléu foi uma encomenda do imperador Shan Jahan, em memória de sua mulher, Mumtaz Mahal.