Ativista gay é preso por manifestação contra Putin antes do primeiro jogo da Copa na Rússia
Peter Tatchell fez o protesto contra o presidente Vladimir Putin em frente ao Kremlin, segurando um cartaz com os dizeres "Putin não agiu contra a tortura de pessoas gays na Chechênia"
Um ativista britânico da causa LGBT foi detido, nesta quinta-feira (14), na Praça Vermelha, em Moscou, por protestar contra os abusos sofridos pelos homossexuais na Rússia. O homem foi preso poucos minutos antes do início da partida inaugural da Copa do Mundo, entre a seleção anfitriã, Rússia, e a Arábia Saudita.
Peter Tatchell fez o protesto contra o presidente Vladimir Putin em frente ao Kremlin, segurando um cartaz com os dizeres "Putin não agiu contra a tortura de pessoas gays na Chechênia".
Tatchell foi abordado por policiais russos, que consideraram a manifestação ilegal - na Rússia é preciso permissão das autoridades para realizar protestos - e tiraram o rapaz do local. Depois de uma longa conversa, ele foi escoltado e levado em uma viatura.
O próprio Tatchell informou em seu perfil no Twitter que foi liberado sob pagamento de fiança às 11h05 (horário de Brasília). "Obrigado por todo o apoio. Vamos relembrar a situação horrível dos LGBT na Rússia e na Chechênia", publicou o ativista.
Free at last! Well I was only detained for 1hr40mins. Here is footage of my arrest. Solidarity with fellow LGBTs in Russia and Chechnya. #RainbowRussia and #WorldCup2018 video: https://t.co/ha6DalVVVm
— Peter Tatchell (@PeterTatchell) 14 de junho de 2018
Segundo a imprensa russa, em 2017, dezenas de gays foram detidos e torturados em prisões secretas em territórios russos. O presidente da Chechênia, Ramzan Kadyrov, nega abusos contra homossexuais e diz que não existem gays na região.