OEA debaterá sobre crises nas Américas

Escrito por Redação ,

Washington. A crise na Venezuela e na Nicarágua devem dominar a 48ª assembleia anual da Organização dos Estados Americanos (OEA), que inicia os debates ontem, em Washington.

A Assembleia da OEA, o foro político mais importante da região, reunirá na segunda e terça-feira as delegações dos 34 Estados membros, todos do continente, menos Cuba.

A discussão sobre a Venezuela, onde a recente reeleição do presidente Nicolás Maduro é questionada por boa parte da comunidade internacional, já foi decidida em uma reunião preparatória do organismo regional.

Mas a inclusão do tema na agenda oficial ainda deve ser aprovada, como o resto dos temas a tratar.

"O caso da Nicarágua não surgiu nos grupos de trabalho prévios, mas se espera que os países o evoquem dado o agravamento da situação", assinalou um diplomata. O país centro-americano é sacudido desde 18 de abril por uma onda de protestos contra o governo de Daniel Ortega que já deixou mais de cem mortos em meio a uma brutal repressão por parte das forças públicas e grupos armados que as apoiam.

A OEA, que trabalha desde 2017 no país visando a reformar o sistema eleitoral nicaraguense, anunciou na sexta-feira (1º) que acertou com o governo um plano de trabalho até janeiro de 2019. Mas a oposição questiona porque acredita que isso dará um "respiro" a Ortega.

Suspensão

A situação na Venezuela, por sua vez, já centrou as discussões das duas últimas assembleias-gerais da OEA, mas nunca como parte da agenda oficial. Desta vez, os Estados Unidos, que aumentaram desde agosto passado as sanções econômicas a funcionários, ex-funcionários e entidades da outrora potência petroleira, aproveitarão para pedir a suspensão da Venezuela por violar seu compromisso democrático.