Na primeira semana de legalização da maconha, Canadá zera estoque

Depois da entrada em vigor da venda legalizada da cannabis na última quarta, o país da América do Norte já enfrenta a escassez da erva em algumas regiões devido à procura elevada.

Escrito por Redação ,

A legalização do uso recreativo da maconha no Canadá, em vigor desde quanta-feira (17), já provocou um fenômeno: já falta erva em partes do país devido à grande procura. A maioria dos consumidores estava contente com o fim da proibição, mas alguns expressaram desapontamento por não conseguir comprar maconha.

Outros se recusaram a pagar os preços relativamente altos - variando entre 5,25 dólares canadenses (R$ 15) em Quebec a 18,99 dólares canadenses (R$ 54) em Saskatchewan por grama -, em comparação com o mercado negro, que viu o preço médio cair no ano passado para 6,79 dólares canadenses (R$ 19) por grama.

A falta de oferta em curto prazo era esperada devido à expectativa em torno da legalização da cannabis e da escassez do produto em todo o Canadá. O Canadá se tornou a primeira grande economia do mundo, e apenas o segundo país do planeta, depois do Uruguai, a legalizar o uso recreativo da maconha e embarcar no polêmico experimento na questão da política das drogas. O primeiro-ministro liberal, Justin Trudeau, defendeu a legalização, cumprindo uma promessa de campanha de 2015, com o objetivo de proteger os jovens e de acabar com o tráfico de drogas.

Uruguai

Há mais de um ano, o Uruguai vende maconha em farmácias e o projeto inicialmente rejeitado pela população tem agora mais defensores do que críticos. O país vizinho tem quase 7 mil cultivadores, 107 clubes de cooperativas de produção de cannabis e 28.500 compradores. A erva vem em pacotes de 5 gramas, ao custo de US$ 1,40 (R$ 5) a grama.