Morte de Nisman é ação 'contra o governo'

Escrito por Redação ,

Buenos Aires. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, publicou em seu site uma carta aberta na qual afirma que o promotor Alberto Nisman não cometeu suicídio e que a morte faz parte de um plano para desestabilizar seu governo.

Kirchner começou o texto dizendo que a denúncia de Nisman contra ela é inócua e que o promotor foi enganado ao acreditar que duas pessoas que ele investigava eram espiões ligados à Casa Rosada quando, na verdade, não eram. Em outra parte de sua carta ela reitera que seus opositores usaram Nisman e depois o mataram.

A presidente diz que não tem provas, mas não tem dúvidas de suas afirmações. Ela lista casos de suicídios que foram forjados na história da Argentina e termina o texto insinuando que o dono da arma da onde saiu o disparo, um técnico de informática que trabalhou anos com Alberto Nisman, pode ser o autor.

Um áudio de um telefonema entre dois suspeitos investigados pelo promotor foi revelado em um programa de rádio e envolve o atual diretor da Secretaria de Inteligência, Oscar Parrilli. Na conversa, os dois marcam um almoço e pedem discrição em aparições públicas.