May defende cargo após demissões

Escrito por Redação ,

Londres. A primeira-ministra britânica, Theresa May, presidiu ontem uma reunião de um governo com cara nova, após as demissões da véspera pelas divergências em torno do "Brexit", e demonstrou estar determinada a não dar o braço a torcer.

May enfrenta o mal-estar dos eurocéticos de seu Partido Conservador, que acreditam que ela esteja fazendo muitas concessões a Bruxelas nas negociações de saída da UE, mas tem o apoio dos moderados. Até o momento, não há qualquer movimentação para submetê-la a uma moção de confiança.

Boris Johnson, que era até a segunda-feira o ministro das Relações Exteriores, escreveu em sua carta de renúncia que "o sonho do Brexit morre" e que, sob o comando de May, o Reino Unido se encaminha para o status de "colônia" da UE.

A dramática demissão de Johnson, horas depois da do ministro do Brexit, David Davis, fez a libra cair nos mercados de divisas. Havia rumores de novas demissões, mas elas não vieram, e May parece ter assumido o controle da situação.

Novichok

Outro caso que tem dado dor de cabeça a May, é a do britânico de 45 anos que se encontrava em condição crítica por sua exposição ao agente neurotóxico Novichok, de origem russa. Contudo, nessa frente a notícia de ontem foi positiva. Ele recuperou a consciência, informou o hospital em que permanece internado.

"Observamos uma melhora pequena, mas significativa na condição de Charlie Rowley", indicou comunicado. Por outro lado, a polícia britânica informou ter aberto uma investigação por homicídio depois da morte de Dawn Sturgess, uma britânica de 44 anos que foi hospitalizada em estado grave em 30 de junho.