Massacre na Síria deixa 51 mortos

Regime de Bashar al-Assad tenta controlar região ainda dominada por facções opositoras e pelo Estado Islâmico

Escrito por Redação ,

Idlib/Bukamal. Pelo menos 51 pessoas morreram, entre elas nove menores de idade e 11 mulheres, e dezenas ficaram feridas em bombardeios em uma população da província síria de Idlib (nordeste), o que representa um "massacre" nesta região, informou na sexta-feira (8) o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Aviões de guerra que poderiam ser russos bombardearam ontem à noite vários pontos da cidade de Zardana, ao nordeste da cidade de Idlib, capital da província homônima, onde em março deste ano morreram 43 pessoas em ataques atribuídos à aviação russa, explicou a ONG.

A ONG acrescentou que o número de mortos em Zardana aumentou porque foram encontrados mais corpos debaixo dos escombros dos edifícios, que foram consideravelmente danificados. Além disso, advertiu que ainda o número de vítimas mortais pode subir porque há feridos em estado grave e desaparecidos sob os escombros.

A ONG detalhou que entre as vítimas mortais há um representante da Defesa Civil síria. A província de Idlid é praticamente controlada por grupos opositores, islamitas e jihadistas, incluído o Estado Islâmico, e é alvo de ataques por parte do Exército sírio, e de seu aliado, a Rússia, além da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

O Observatório destacou que desde o começo de maio foram registrados bombardeios contínuos contra esta região, situada no nordeste da Síria e fronteiriça com o Iraque.

Deserto

Antes, na quinta-feira, ao menos 22 combatentes pró-regime, entre 11 soldados do Exército sírio, morreram em ataques do grupo extremista Estado Islâmico no deserto da província de Sueida. Esses ataques são os "primeiros" lançados do deserto de Sueida, onde "não havia sido detectada nenhuma presença do EI desde 2016", alertou o diretor do OSDH, Sami Abdel Rahman.

O EI multiplica seus ataques contra as posições do regime desde 22 de maio, quando foi expulso de seu último reduto na capital. O grupo extremista mantém sua presença em algumas áreas desérticas entre o leste de Damasco e a cidade de Bukamal, na fronteira com o Iraque.

Na sexta, o EI retomou uma parte de Bukamal, leste da Síria, depois de realizar dez ataques suicidas e lançou uma ampla ofensiva para reconquistar a cidade na fronteira com o Iraque.