Israel acusa Irã de esconder arsenal

Escrito por Redação ,
Legenda: Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, exibiu "provas conclusivas" de que o Irã desenvolve arma nuclear
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Jerusalém. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, ontem, que seu país dispõe de novas "provas conclusivas" da existência de um programa secreto iraniano destinado a desenvolver armas nucleares. O premiê, muito crítico ao acordo internacional sobre as atividades nucleares do Irã, apresentou à imprensa em Tel-Aviv e ao vivo para as televisões israelenses o que descreveu como "cópias exatas" de dezenas de milhares de documentos originais iranianos obtidos há algumas semanas.

"Foi um formidável feito do serviço de inteligência", elogiou.

Esses documentos, em papel e em CD, e pano de fundo para a declaração de Netanyahu, constituem "evidências novas e conclusivas do programa de armas nucleares que o Irã escondeu durante anos aos olhos da comunidade internacional em seus arquivos secretos atômicos", disse ele. Esses documentos mostram que, apesar das garantias dadas pelos líderes iranianos de que nunca buscaram armas nucleares, "o Irã mentiu!", esbravejou.

O líder israelense expressou-se num momento em que se aproxima a data limite de 12 de maio para que o presidente Donald Trump se pronuncie sobre o acordo concluído em 2015.

Já o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, rejeitou as declarações de Netanyahu.

Tensão

O preço do barril do petróleo subiu ontem depois que o primeiro-ministro de Israel afirmou ter "provas conclusivas" sobre um programa nuclear secreto do Irã.No mercado londrino, o barril de Brent para entrega em junho fechou a US$ 75,17, avançando 53 centavos, atingindo o maior valor desde novembro de 2014. Em Nova York (Nymex), o barril de WTI, também para junho, subiu 47 centavos, a US$ 68,57.

O Brent fechou abril com uma valorização de 7% enquanto que o WTI teve alta de quase 6% no mês. A sessão tendia à queda até Netanyahu acusar o Irã de ter um plano secreto para o desenvolvimento de armas nucleares.

"O discurso de Netanyahu reforçou a expectativa do mercado de que em 12 de maio os EUA vão voltar a sancionar o Irã", disse James Williams, da WTRG. Segundo ele, as chances de que isso aconteça são de 80%.