Fronteira seguirá aberta, diz Temer

Escrito por Redação ,

Brasília/ Lima O presidente Michel Temer disse, ontem, que o fechamento da fronteira brasileira a venezuelanos é algo "incogitável" e "inegociável". Ele afirmou ainda que a possibilidade de distribuição de senhas serviria para atender a diferentes demandas dos recém-chegados, como a compra de alimentos e remédios e a permanência no País.

As senhas seriam uma medida para organizar os venezuelanos, que chegam em média "entre 700 e 800 ao dia", afirmou Temer, em passagem pelo Rio para acompanhamento da intervenção federal na Segurança Pública do Estado.

"Ou as pessoas não sabem ler ou não querem ler. O fechamento da fronteira é incogitável e inegociável. Não há isso, não haverá isso", disse, comentando o que acredita ser um mal entendido em suas declarações sobre a situação dos venezuelanos, e fazendo alusão a tratados internacionais assinados por ele.

"É um verdadeiro êxodo, que está criando grandes problemas em todos os países", declarou, mencionando a Colômbia, o Peru e o Equador.

Comunidade Andina

Colômbia, Equador e Peru, integrantes da Comunidade Andina (CAN), ratificaram em Lima o seu compromisso de respeito aos direitos humanos dos cidadãos venezuelanos que chegaram em seus países. "Os Estados-membros da CAN ratificam o seu compromisso de respeito aos direitos humanos dos migrantes, em especial dos cidadãos venezuelanos, no âmbito das conversas internacionais, da lei comunitária e de sua lei interna", indicou nota do grupo que, contudo, não menciona a Bolívia, também membro da CAN.

Leia ainda:

> UE ajudará América Latina contra crise