Fome aguda afeta 124 milhões de pessoas no mundo

Escrito por Redação ,

Nova York/Bruxelas. As guerras e os desastres naturais provocaram o aumento dos níveis de "fome aguda" no mundo, onde 124 milhões de pessoas em 51 países precisam de ajuda urgente para não morrer, alertou um relatório elaborado pelas Nações Unidas, pela União Europeia e por outras organizações.

Trata-se de um grave aumento em relação a 2016 (com 108 milhões em 48 países), segundo o último Informe Mundial sobre crises alimentares.

O estudo adverte que a situação tende a se agravar, sobretudo, pelos conflitos em Mianmar, na Nigéria, no Iêmen e no Sudão do Sul, além da seca que castiga boa parte da África. Elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pela União Europeia e por outras organizações internacionais especializadas, o relatório define "a insegurança alimentar aguda como fome de uma severidade tal que represente uma ameaça imediata para a vida das pessoas".

Segundo o estudo, as crises alimentares estão cada vez mais determinadas por causas complexas como são os conflitos, os fenômenos meteorológicos extremos e os elevados preços dos alimentos básicos - fatores estes que, com frequência, coincidem. Assim, o documento faz um apelo aos países e organizações para que ajam "de forma simultânea para salvar vidas, meios de subsistência e abordar ao mesmo tempo as causas profundas das crises alimentares".