EUA quer garantir segurança eleitoral

Escrito por Redação ,
Legenda: Donald Trump, que nega conluio de sua campanha com os russos, criticou a divulgação do caso pela mídia
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Washington. O Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos divulgou ontem seu primeiro relatório sobre os esforços da Rússia para atacar o sistema eleitoral norte-americano.

O órgão recomendou o maior uso de cédulas de papel, melhor comunicação entre os governos locais e o federal e verba federal para substituir urnas eletrônicas desatualizadas. O comitê também defendeu que o governo "comunique claramente aos adversários que um ataque em nossa infraestrutura eleitoral é um ato hostil" e trabalhe com outros aliados para melhorar as normas de segurança cibernética.

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As recomendações são as primeiras tornadas públicas após a investigação no Senado sobre a atividade russa na eleição de 2016, quando agências de inteligência dos Estados Unidos afirmam que houve campanha de vazamentos, hackers e desinformação para apoiar Donald Trump na disputa com Hillary Clinton. Em uma investigação separada, o conselheiro Robert Mueller apura a interferência russa no processo eleitoral. Trump tem negado qualquer conluio e a Rússia também descarta qualquer interferência.

A porta-voz da Casa Branca negou ontem que Trump considera demitir o conselheiro especial Robert Mueller, que investiga a suposta interferência da Rússia na eleição. De acordo com Sanders a Casa Branca continuará a cooperar com as investigações de Mueller.

No fim de semana, Trump voltou a criticar o caso Rússia, após a imprensa americana noticiar que o ex-vice-diretor do FBI Andrew McCabe entregou memorandos à equipe de Mueller sobre seu período na Polícia Federal dos Estados Unidos.

Parte do conteúdo dos memorandos coincide com documentos enviados pelo ex-diretor do FBI James Comey a Mueller. Comey foi demitido do cargo por Trump em maio de 2017.