EUA e aliados desafiam Rússia e atacam a Síria

Donald Trump anunciou operação conjunta com a França e o Reino Unido contra regime de Assad, sustentado por Putin

Escrito por Redação ,

Washington. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (13) uma resposta militar contra o regime do ditador sírio Bashar al-Assad, acusado de ter usado armas químicas contra os rebeldes.

Os ataques americanos foram realizados em conjunto com as forças da França e do Reino Unido. Explosões foram ouvidas na capital Damasco.

Trump disse que os objetivos da ofensiva são as "capacidades de armamento químico" de Assad, a quem acusa de ter efetuado um ataque químico no passado sábado na cidade de Duma, matando civis. Trump disse que seu país "manterá sua resposta" militar contra o regime de Assad, que é apoiado pela Rússia.

"Estamos preparados para manter esta resposta até que o regime sírio detenha seu uso de armamento químico proibido", afirmou Trump.

A Rússia nega que o regime sírio tenha usado armas químicas contra os insurgentes, acusando o Ocidente de armar uma "encenação", com o objetivo de justificar intervenção militar.

Em Lima, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, deixou prematuramente na sexta a cerimônia de abertura da 8ª Cúpula das Américas e retornou ao hotel

A crise na Síria foi exatamente o motivo que Trump deu para cancelar sua viagem à Lima para participar da Cúpula das Américas. A agência de notícias estatal síria Sana afirmou neste sábado (data local) que as forças de defesa aérea do país "estão enfrentando o ataque americano-franco-britânico contra a Síria".

A agência Sana divulgou breve mensagem pouca depois do anúncio feito por Trump sobre os ataques conjuntos com a França e o Reino Unido.

A agência oficial não ofereceu mais detalhes sobre possíveis alvos atingidos pelo ataque nem dados sobre eventuais danos ou baixas humanas.

Mais cedo, Moscou alertou que um ataque americano ou das potências ocidentais contra a Síria seria inadmissível.

Aviões britânicos dispararam mísseis contra um complexo militar sírio na região de Homs, suspeito de abrigar substâncias para a fabricação de armas químicas, informou o ministério da Defesa do Reino Unido.

O secretário americano da Defesa, general Jim Mattis, declarou que Washington enviou "uma mensagem clara" ao ditador sírio. Mattis afirmou que chegou o momento de a comunidade internacional se unir para acabar com o banho de sangue que se arrasta há vários anos na Síria. A guerra já dura mais de sete anos com quase 400 mil mortos.