Unifor é a 2ª em internacionalização

No ranking, estão classificadas as 196 universidades brasileiras, públicas e privadas

Escrito por Redação ,
Legenda: A Unifor é a melhor do Norte e Nordeste e a 12ª do Brasil. Dezesseis de seus cursos são os melhores do Norte e Nordeste
Foto: FOTO: EDUARDO QUEIROZ

A Universidade de Fortaleza (Unifor) é a segunda instituição de ensino superior particular das regiões Norte e Nordeste mais bem avaliada pelo Ranking Universitário Folha no quesito internacionalização. A avaliação leva em consideração as citações internacionais de trabalhos de docentes da Unifor e a publicação de artigos desses docentes em parceria com pesquisadores estrangeiros. Em relação ao RUF de 2017, a Unifor subiu quatro posições, passando do 6º para o 2º lugar.

O RUF é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita desde 2012 pelo jornal Folha de S. Paulo. No ranking, estão classificadas as 196 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado. Levando-se em conta os cinco quesitos entre todas as universidades privadas do RUF, a Unifor é a melhor do Norte e Nordeste e a 12ª do Brasil. Dezesseis de seus cursos são os melhores do Norte e Nordeste.

O diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (DPDI) da Unifor, professor Vasco Furtado, ressalta que o excelente resultado no RUF 2018 representa o reconhecimento aos investimentos e ao trabalho que vem sendo realizados pela Universidade nas áreas de pesquisa e inovação nos últimos anos. "O principal fator para que isso aconteça é o constante esforço que a Unifor vem fazendo para que suas pesquisas sejam publicadas em periódicos internacionais de alto impacto e para que floresçam e se fortaleçam as colaborações com instituições estrangeiras".

Segundo o professor Vasco Furtado, a Unifor adota política de incentivo ao pesquisador da universidade, por meio de implementação de linhas de apoio ao desenvolvimento de suas pesquisas, que vão desde o suporte para tradução/correção de artigos em inglês até o estímulo para que professores pesquisadores apresentem seus trabalhos em eventos internacionais. "A Unifor tem programa de financiamento de professores estrangeiros para apresentação de seus trabalhos e para cooperação com a universidade".

Para o diretor de Pesquisa e Inovação da Unifor, a internacionalização é fundamental para os alunos principalmente porque eles passam a ter a oportunidade de conhecer outras experiências além daquelas que são repassadas em sala de aula pelo professor brasileiro.

"Quanto aos docentes pesquisadores, a internacionalização tem papel mais importante, pois é com ela que se consegue avançar na produção de conhecimento. As dificuldades vão desde a necessidade de que todos os pesquisadores publiquem em inglês até a obtenção de financiamento para a internacionalização. Isso porque as instituições de ensino particulares nunca foram prioridade para os setores governamentais de fomento".

Importância

Segundo a professora Dionne Bezerra Rolim, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Unifor, a internacionalização da Universidade é um meio de contribuir para o desenvolvimento da educação superior com aprimoramento do ensino e da pesquisa e consequente retorno à sociedade. "Em relação ao corpo docente, ela também potencializa sua atuação no cenário internacional ao permitir a ampliação de sua produção educacional, científica e cultural e a integração de suas atividades acadêmicas. Essas ações docentes também terão repercussão na sociedade".

Doutora em Ciências Médicas e Mestre em Saúde Pública pela UFC, a professora Dionne teve recentemente o artigo "Predicted global distribution of Burkholderia pseudomallei and burden of melioidosis" publicado na conceituada revista científica Nature Microbiology. O trabalho aborda a estimativa de distribuição mundial da melioidose, uma doença negligenciada e pouco conhecida globalmente.

"O artigo repercutiu ao mostrar que o Brasil é considerado endêmico e que a doença não está sendo detectada. A distribuição não é restrita ao Ceará. A melioidose ocorre provavelmente em toda a região tropical do Brasil. Essa conscientização é primordial para que tenhamos políticas públicas adequadas ao seu enfrentamento. A publicação evidencia de forma científica a presença da doença aqui e necessidade de sua inclusão e discussão uma vez que apresenta elevada letalidade e impacto social".

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