SUS pode ofertar duas novas vacinas

Com cobertura contra pneumonia, otites e meningite, o número de doenças combatidas deve passar para 21

Escrito por Redação ,

O Ministério da Saúde está estudando a possibilidade da inclusão de duas novas doses no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente com 19 doses oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o PNI pode incluir a pneumocócica 13 (valente conjugada) como regular e a meningocócica ACWY no calendário de vacinação do País. A primeira oferece três subtipos a mais na defesa contra pneumonia, otite e meningites; a segunda aumentaria a imunização contra a meningite para indivíduos específicos como doentes crônicos e adolescentes.

O Calendário Nacional prevê a imunização de determinadas doenças de acordo com a faixa etária, que vai desde a primeira infância até a terceira idade. Das vacinas disponíveis hoje no SUS, 96% são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência de tecnologia. Nos últimos quatro anos, o Ministério introduziu sete novas vacinas. Em 2010, a pneumocócica 10 e meningocócica C. Em 2012, incluiu a vacina penta (difteria, tétano, pertussis, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B) e a vacina inativada poliomielite (VIP). Já em 2013, o PNI ampliou a oferta da vacina hepatite B, e em 2014 da Hepatite A.

Para a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, o cenário é de indefinição. "Sem dúvidas a gente vê com bons olhos essas proposta do Ministério, e inclusive a apoiamos, mas também entendemos que, como não está definido, alguns fatores são importantes para ajustes, para que tenhamos sucesso", reforça. Ela lembra que, no caso da meningocócica ACWY, a cobertura anda entre 20% e 30% para jovens, que além de serem os mais acometidos, passam o vírus com facilidade.

Ceará

De acordo com a coordenadora imunizações do Estado do Ceará, Ana Vilma Leite Braga, nenhum gestor regional recebeu formalmente uma notificação do Ministério da Saúde. "Nós acreditamos que as vacinas são sempre bem-vindas. Quando se insere no calendário, primeiro se estuda o comportamento da situação epidemiológica daquela doença no território. Quando se coloca uma vacina, não fica mais difícil porque o calendário também se aprimora, se ajusta, no que é melhor para a população", frisa Ana Vilma.

"O calendário é robusto, importante e dinâmico. O programa de imunizações não deixa a desejar em relação nenhum outro País, ele garante uma quantidade muito grande de vacinas, sobretudo a crianças", complementa a coordenadora. Em 2014, o Ceará só não alcançou a meta de 95% de cobertura para a vacina de Hepatite A. Em 2018, conseguiu chegar ao estipulado na Campanha contra Poliomielite e Sarampo.

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