Russa conta as principais diferenças entre o Ceará e o país sede da Copa

Irina Chuprunova mora no Ceará há 7 anos e meio, casada com um brasileiro natural de Minas Gerais.

Escrito por Redação ,
“Me apaixonei por um brasileiro!”, revela Irina Chuprunova, aos risos, sobre o motivo para ter vindo morar no Ceará. Hoje empreendedora, dona de uma padaria no bairro Varjota, a mulher nascida em Kalunga, na Rússia, conta sobre sua vida na terra do sol. 
 
Irina viajou para a Itália, há 10 anos, em intercâmbio para aprender italiano. Ela e seu atual marido, natural de Minas Gerais, se conheceram na escola de idiomas e, após um tempo namorando a distância, ela embarcou para Fortaleza e na cidade mora há 7 anos e meio. O cônjuge é graduado em gastronomia e, após fechar uma hamburgueria, decidiu abrir a padaria que atualmente a russa administra. 
 
Ao chegar no Ceará, ela conta que sentiu-se muito bem recebida. “Eu acho todos bem amigáveis, abertos para conversar. Isso me ajudou muito a aprender a língua porque as pessoas são bem tranquilas para conversar e tem paciência para entender. Cheguei sem saber nada de português, o que me ajudou foi o italiano, que é mais parecido com português”, explica. 
 
De acordo com a Polícia Federal, há o registro de 11.946 estrangeiros permanentes no Estado entre 2000 e 2017, contudo, apenas 19 deles são de nacionalidade russa. Para Irina, a maior semelhança entre o país que sedia a Copa do Mundo 2018 e o Ceará são a alegria e amizade. “Aqui todos são abertos e bem alegres, acolhem os estrangeiros, tentam mostrar sua cultura e ficam interessados na cultura do outro, tentam fazer amizade com os estrangeiros. Na Rússia também é assim”, conta. 
 
Diferenças
O cuidado com a cidade, no entanto, foi o que mais chamou atenção da russa quando veio para Fortaleza. Segundo ela, a falta de limpeza das ruas e zelo pela cidade, partindo da população, é algo que a surpreendeu. “ O que mais me faz falta é ver a beleza da cidade. Não posso falar pela Rússia toda, mas onde eu morava era bem cuidado, não tinha lixo na rua, a própria população cuidava disso”. A empreendedora relata, ainda, que acha o clima de Fortaleza “um dos melhores do mundo”, mas a falta de arborização faz com que ninguém ande nas ruas. 
 
A segurança, item frequentemente mencionado pelos próprios moradores da capital cearense, também foi pontuado por Irina. “Vejo também muitos problemas de assalto, a preocupação de todo mundo, nada muda para melhor. Na Rússia é muito tranquilo, nunca tive preocupação em sair em qualquer horário, sempre usava transporte público e me sentia segura. Claro que acontecem essas coisas lá também, mas não como aqui”. 
 
Sobre a copa, Irina diz que imagina a movimentação que possa estar na Rússia e que, apesar do país não ser “tão bom” no esporte, é um local que sempre procura fazer tudo muito bem. 
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