Remanescentes de concursos públicos realizam protesto no Palácio da Abolição

O governador Camilo Santana decidiu, na tarde desta terça-feira, a composição de uma comissão para o estudo conjunto das demandas e possibilidades de nova convocação

Escrito por Redação ,
Uma reunião convocada pelo governador Camilo Santana nesta terça-feira (16), com representantes de remanescentes dos últimos concursos públicos de policiais militares, agentes penitenciários, bombeiros e policiais civis, movimentou a frente do Palácio da Abolição. Manifestantes realizaram ato para pedir a convocação de mais turmas.
 
Após a reunião, ficou definida a composição de uma comissão, com a participação do Governo do Ceará, Assembleia Legislativa, Ministério Público e candidatos, para o estudo conjunto das demandas e possibilidades de convocação de cada órgão. O Governo do Estado frisa que já convocou cerca de 9 mil agentes de segurança desde 2015.
 
José Sergivan Moura é músico, mora em Limoeiro do Norte, e fez o concurso da Polícia Militar em 2016. Segundo ele, de acordo com o edital, todos que tiveram pontos acima de 66 estão classificados, só não habilitados, e é disso que surge a esperança de uma nova convocação. "Pra mim é um sonho, tenho muita vontade de ajudar o povo cearense. Aqui são todos jovens de 20 a 30 anos que tem um sonho de ser PM, a situação do estado precisa também", relata.

Assim como ele, Rauny Fernandes, desempregado,  também prestou o concurso para a PM, mas mora no Rio Grande do Norte. Apesar da distância, o jovem tenta estar presente em todas as manifestações. Para participar deste ato, fez uma cota na sua cidade.
 
Candidatos apontam déficit
 
Já os candidatos a agentes penitenciários defendem a retificação do edital. O documento estabeleceu  quem não estivesse dentro das 2 mil vagas ofertadas estaria automaticamente excluído do concurso. Cerca de 80 mil pessoas disputaram as vagas, 6.997 foram aprovadas e 2 mil convocadas.
 
Para justificar o pedido, os manifestantes alegam o déficit desse profissionais nos presídios.  "Já conversamos com Emerson Castelo Branco, que fiscaliza os presídios, e ele disse que já informou a existência desse déficit no corpo de agentes e que nova convocação é totalmente favorável juridicamente", relata uma das candidatas que preferiu não se identificar. 
 
Candidatos do concurso para policial civil também citam a carência de pessoal. Segundo eles, mais de mil escrivãos deviam ser convocados, mas apenas 336 foram chamados.

"A expectativa é a melhor possivel, uma vez que o governador tem se mostrado sensível a causa. Entendemos que o governo investiu somente na polícia ostensiva, isso não resolve o problema da violência, que é o crime organizado, é preciso a polícia civil para investigar", afirma Assis Rodrigues, que se candidatou para o cargo de inspetor. 
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