Pronto Socorro de Acidentados deve voltar a funcionar após convênio ser firmado

O Ministério da Saúde irá repassar R$ 3 milhões em seis parcelas iguais. A Prefeitura se comprometeu a entrar com a contrapartida de R$ 1,8 milhão para manter a unidade

Escrito por Redação ,

O Pronto Socorro de Acidentados (PSA) deve voltar a funcionar um ano depois de ter fechado as portas, em abril de 2017, devido à falta de repasse público. A unidade, que funcionava no cruzamento entre as avenidas Antônio Sales e Desembargador Moreira, estava sem receber recursos desde dezembro de 2016. A negociação entre órgãos responsáveis para a reabertura do equipamento, mesmo que sem uma data de previsão, é realidade.

A deputada federal Gorete Pereira (PR) conseguiu, junto ao Ministério da Saúde, uma verba extra de R$ 3 milhões para a reabertura do hospital. A parlamentar recebeu o pedido da própria Secretaria Municipal da Saúde (SMS), pois a pasta já havia entrado com uma demanda de convênio para o Hospital Fernandes Távora.

Os recursos do Ministério da Saúde serão repassados em seis parcelas iguais. A Prefeitura se comprometeu a entrar com a contrapartida de R$ 1,8 milhão. O valor total deve ser suficiente para manter os gastos da unidade até, pelo menos, o período de um ano, quando o convênio para o Fernandes Távora se encerrar, e a SMS pode pedir um novo recurso.

A secretaria informou que o processo para tratar da reabertura e manutenção dos serviços prestados pelo Pronto Socorro dos Acidentados continua em andamento. Segundo a pasta, o Governo Federal, o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza trabalham, no momento, na construção do plano operativo e análise de documentos para posterior elaboração e celebração de convênio, mediante aprovação do Conselho Estadual de Saúde do Ceará e Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza. 

A SMS, no entanto, destacou que a demora na formalização do documento se deve a pendências encontradas na prestação de contas de uma entidade filantrópica que mantém o PSA junto ao Poder Público. A espera para a regularização da situação deve acabar, de acordo com a pasta, nos próximos dias, dando continuidade ao processo.

Hospital era referência 

Com mais de 50 anos de história, a unidade era referência em traumatologia e realizava entre 400 e 500 cirurgias por mês na área, desafogando, então, leitos do Instituto Doutor José Frota (IJF) e de Frotinhas. O diretor, Machadinho Neto, contou ao Diário do Nordeste que, ao fechar as portas, as dívidas do hospital passavam de R$500 mil.

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