Pesquisadora cearense cria macarrão com maior valor nutricional

O produto é vantajoso para aqueles que buscam uma dieta mais regrada, especialmente as pessoas que possuem diabetes

Escrito por Redação ,

Para se referir a algo “básico”, o brasileiro criou a expressão “feijão com arroz”, devido aos alimentos mais comuns que compõem a dieta da população. O termo é quase uma injustiça com o macarrão, que ficou de fora da frase, mas não tem ficado de fora dos pratos e mesas nas refeições da população.

A paixão do cearense por macarrão é inegável, assim como o baixo valor nutricional do alimento. Por este motivo, o Laboratório de Tecnologias de Cereais da Universidade Federal do Ceará (UFC) criou um macarrão com maior quantidade de nutrientes, em comparação com a massa tradicional. O alimento desenvolvido conta com a adição de farinha de linhaça e farinha de faseolamina — uma proteína encontrada no feijão branco.

“(O macarrão) basicamente tem um pouco de proteína, mas a sua maior parte é carboidrato, que no caso é o amido. Então a gente buscou desenvolver um produto que, por exemplo, os diabéticos pudessem consumir”, explica o professor do Centro de Ciências Agrárias, Rafael Zambelli, apontando uma das vantagens do novo produto.

“Adicionando a faseolamina ao macarrão, eu vou ter uma menor quantidade de amido degradado, consequentemente, uma menor quantidade de glicose liberada para a corrente sanguínea”, completa Alyne Lemos, mestra em Tecnologia de Alimentos, responsável pela criação do macarrão.

Além da vantagem nutricional para a saúde — não apenas para diabéticos mas para uma dieta mais saudável, em geral, inclusive para quem quer emagrecer, o macarrão desenvolvido tem o mesmo modo de preparo e tempo de cozimento do produto tradicional. “De seis a dez minutos ele está pronto”, completa o professor.

“Esse produto foi desenvolvido através de uma dissertação de Mestrado de uma aluna minha. Após o desenvolvimento e de todos os testes, o produto foi depositado em forma de patente aqui pela Universidade e estamos aguardando alguma empresa se interessar”, explica Zambelli, sobre as etapas até que o produto saia da Academia e chegue ao mercado.

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