Motoristas e cobradores fecham por uma hora o terminal de Messejana

Sindicato é contra a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da Capital e Região Metropolitana

Escrito por Redação ,

O terminal de ônibus do bairro Messejana, em Fortaleza, foi fechado por motoristas e cobradores do transporte público na manhã desta terça-feira (13). A paralisação durou uma hora.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), os trabalhadores protestam contra a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da Capital e Região Metropolitana.

“O protesto tem objetivo de impedir a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da capital e Grande Fortaleza. Não pode o motorista ficar sobrecarregado dentro do veículo. O motorista não pode ficar fazendo um serviço que é de outra pessoa fazer, caso o cobrador”, conta o presidente do Sintro, Flávio Braz. 

Ainda de acordo com o Sintro, com a tecnologia implantada nos ônibus, haverá a demissão de cerca 4.500 cobradores. Além disso, o Sintro informou que o processo dificultará o embarque dos passageiros e não descarta a possibilidade de acidentes, já que o cobrador auxilia o motorista na descida dos usuários. O sindicato também afirma que não houve nenhuma reunião para explicar como funcionaria o serviço. E não descarta novas paralisações.

"Até agora, dia 13 de novembro, o sindicato não foi ouvido pelos empresários. Não houve nenhum diálogo. Sendo assim outros protestos devem acontecer para chamar a atenção da população e dos outros órgãos competentes", afirma Braz.

As mudanças já acontecem em algumas linhas, segundo o Sintro e tem causado desconforto para alguns passageiros que, desinformados, aguardam o coletivo, mas só podem seguir viagem se o pagamento for realizado eletronicamente através do Passe Card ou da carteira de estudante com crédito.

A reportagem entrou em contato com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) sobre a instalação do novo serviço. Até a publicação da matéria, a Etufor não tinha se pronunciado.

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