Morre o jornalista e professor Agostinho Gósson, aos 63 anos

Agostinho tratava-se de um câncer no fígado. Enterro acontece a partir das 15h, no Cemitério Jardim Metropolitano

Escrito por Redação ,

Aos 63 anos de idade, o jornalista, radialista, professor e ouvidor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Agostinho Gósson, faleceu por volta das 23h30 desta sexta-feira (11). Ele tratava-se de um câncer no fígado. Deixa a esposa, Annuzia Gósson. 

A missa de corpo presente, seguida do sepultamento de Agostinho, aconteceu no cemitério Jardim Metropolitano. O reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry Campos, decretou luto oficial de três dias. 

Filho de cearenses, Agostinho Gósson nasceu em São Paulo. Formou-se em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e mudou-se para Fortaleza em 1978, tendo atuado em diversos veículos de comunicação. Atuou nos jornais Diário do Nordeste e O Povo, foi diretor de produção da TV Ceará e de jornalismo da TV Manchete. 

Carreira

Um dos últimos trabalhos do jornalista foi à frente do programa Rádio Debate, apresentado por ele durante 15 anos na Rádio Universitária FM, veiculado ao vivo das segundas às sextas-feiras. Ele foi ainda diretor executivo da mesma Rádio até o ano de 2006. 

Chegou ainda a ser presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará e diretor de relações internacionais da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)

Agostinho foi professor do curso de Jornalismo da UFC por 25 anos, deixando como legado aos alunos a prática constante da ética na profissão, o respeito por cada entrevistado e o amor pelo jornalismo, permanecendo como uma das principais referências da área. Ocupou também o cargo de ouvidor da UFC, em substituição à também jornalista Ivonete Maia, quando de sua aposentadoria. 

O jornalista recebeu, no ano de 2012, o título de cidadão cearense, concedido pela Assembleia Legislativa no Estado do Ceará. 

Em fevereiro de 2014 lançou o livro "Amor Absoluto e outros poemas". Toda a verba auferida com a venda dos livros foi doada para a Pastoral do Povo da Rua. "Aos 60 anos, saí do armário da poesia. Quando estou escrevendo meus poemas, não faço outra coisa, não leio mais nada que não seja poesia", revelou o professor em entrevista ao Diário do Nordeste, à época do lançamento do livro. 

Repercussão

A notícia da morte de Agostinho Gósson foi recebida com muita tristeza por alunos e amigos do jornalista. O também professor do curso de Jornalismo da UFC, Ronaldo Salgado, emocionou-se em depoimento ao amigo em rede social. "Tudo que puder ser dito sobre Agostinho Gosson, na mais ampla verdade, é pouco ante à magnitude do ser humano que ele é! Eu não perdi um amigo; perdi um irmão querido, um companheiro que sabia como ninguém exercer a amizade e o amor como imperativos da vida. Um profissional jornalista que, em essência, entregava-se ao ofício como quem se entrega à verdade da existência humana", colocou. 

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