Mais duas linhas de ônibus passam a funcionar apenas com cartão eletrônico e sem cobrador

As empresas responsáveis ressaltam que o projeto piloto "não interfere na opção dos usuários"

Escrito por Redação ,

Mais duas linhas de ônibus estão em fase de teste com o diferencial de permitir pagamento somente pelo Bilhete Único e outros cartões eletrônicos. As linhas 129 - Parangaba Náutico (simultânea à linha 029) e a 145 – Conjunto Ceará Papicu via Montese (simultânea à linha 045), foram implementadas pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

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Em vigor desde a última segunda-feira (29), a linha 150  – Siqueira/Papicu/Washington Soares (simultânea à linha 050), já funciona desta forma. Na ocasião, a Etufor garantiu que o objetivo era testar a tecnologia para uma maior agilidade no embarque e desembarque, aumentando, assim, a velocidade dos coletivos, além de reduzir o dinheiro a bordo.

As empresas responsáveis ressaltam que o projeto piloto "não interfere na opção dos usuários que utilizam outra forma de pagamento, já que as novas linhas realizam os mesmos percursos de linhas já existentes, ou seja, operam simultaneamente".

Os passageiros entrevistados pela reportagem da TV Verdes Mares, no terminal do Siqueira, nesta quarta-feira (14), reclamam que não há aviso e muitos embarcam e são obrigados a descer. O único aviso existente para as novas linhas é o adesivo na dianteira dos ônibus.

Para o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário do Ceará (Sintro-CE), no entanto, o projeto prevê a demissão de cerca de 4.500 cobradores se o projeto for levado adiante.

No dia 6 de novembro, motoristas e cobradores do transporte público fecharam o terminal do Papicu em protesto contra a instalação das linhas extras. Na última terça-feira (13), o terminal da Messejana recebeu a mesma manifestação. 

“O protesto tem objetivo de impedir a instalação de um serviço que descarta a presença do cobrador nas linhas da Grande Fortaleza. O que não pode ocorrer é o motorista ficar sobrecarregado dentro do coletivo. O motorista não pode ficar fazendo um serviço que é de outra pessoa”, destacou o presidente do Sintro, Flávio Braz.

O sindicato também denuncia que não houve nenhuma reunião com os empresários para explicar como funciona o serviço. E alerta que haverá outras paralisações. 

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