Leptospirose: Saiba tudo sobre a doença que matou mais que chikungunya e hepatite em 2018 no Ceará

O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela leptospira, que penetra no organismo por meio das mucosas e dissemina-se na corrente sanguínea 

Escrito por Redação ,

Febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas, vômitos, diarreia e tosse. Em casos mais graves, uma pessoa diagnosticada com leptospirose pode ficar com a pele e com os olhos amarelados, ter sangramento e sofrer alterações na urina. 

A doença infecciosa que matou mais que hikungunya e hepatites no Ceará é transmitida ao homem pela urina de roedores, principalmente quando há enchentes, que propiciam a disseminação e a alta infestação do agente causador, que aumenta o número de surtos. Ela é causada pela bactéria leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, como bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães.

De acordo com o Ministério da Saúde, o contágio se dá tanto pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela leptospira, que penetra no organismo por meio das mucosas e da pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea. 

Os primeiros sintomas podem aparecer de um a 30 dias depois do contato com a enchente. Na maior parte dos casos, aparece sete a 14 dias após o contato. A leptospirose não é contagiosa. Ou seja, não há transmissão de uma pessoa para outra, e sim entre os animais e dos animais para o homem, sempre pelo contato da urina do animal com a pele do homem.

As condições climáticas do verão fazem com que a leptospirose se torne mais comum nesta época do ano, uma vez que o calor do período favorece a proliferação de bactérias. Na época de grandes chuvas, qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama, esgotos, rios e terrenos baldios pode infectar-se. 

Prevenção 

Obras de saneamento básico, como drenagem de águas paradas suspeitas de contaminação, rede de coleta e abastecimento de água, coleta e tratamento de lixo e esgotos, desassoreamento, limpeza e canalização de córregos, melhorias nas habitações humanas e o controle de roedores são necessários para que se previna doenças.

Torna-se importante ainda que haja o acondicionamento e destino adequado do lixo, o armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d'água e de frestas e aberturas em portas e paredes, entre outros. O uso de raticidas deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

Os casos leves são tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois o risco de agravamento é maior. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um médico  e relatar o contato com exposição de risco.

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