Como acabar com muriçocas, segundo três especialistas cearenses

Repelentes devem ser aplicados até na roupa e não são recomendados para uso durante o sono

Escrito por Redação ,

As dicas para evitar as muriçocas são inúmeras. Basta qualquer busca na internet e é possível encontrar as mais diversas soluções para se livrar delas. Luciano Pamplona, epidemiologista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Heitor Gonçalves, dermatologista do Centro de Dermatologia Dona Libânia, e Nélio Morais, assessor técnico da Célula de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), concordam: não há como deslegitimar as práticas, mas é preciso sempre atenção.

Vamos a elas:

Repelente: pode reaplicar

Comprar repelentes em farmácias é indicado para adultos. “Duram de 3 a 4 horas, dependendo também do suor do indivíduo”, destaca Nélio. É preciso, no entanto, verificar as bulas dos produtos, que podem trazer irritações mais preocupantes que a picada do inseto em si. 

A reaplicação também não é um problema. Basta não passar próximo à boca, olhos ou genitais e lembrar de não dormir com o produto na pele. 

Importante salientar que o repelente deve ser passado por cima da roupa, e por baixo.

Repelentes naturais 

Colocar folhas secas de manjericão em sachês e pendurar os saquinhos nos locais ‘preferidos’ dos insetos, bem como espetar uma laranja inteira com cravos-da-índia para pendurar em um gancho são opções que funcionam. As dicas, para ambos, são paliativas, sendo necessário sempre a identificação do foco dos mosquitos. 

Cores

Nélio Morais explica que as muriçocas são mais atraídas por cores mais escuras. “Até porque se ela pousar em sua calça branca, todo mundo vai ver”. 

Lamparina 

Há a teoria de que os mosquitos se aproximam mais por luzes azuis comuns. Na tentativa de expulsar os insetos, muitas pessoas adotam a lamparina. “Tem um nível de defesa limitado, mas não se pode não recomendar o uso”, adverte Pamplona.

Bloqueadores físicos como véus e telas

Não há registros de que a picada da muriçoca cause mais preocupação em bebês. Nélio Morais não aconselha o uso de repelentes nos menores. “O mais indicado é o cortinado. Qualquer outra coisa é paliativa. Celar o ambiente com o cortinado bem colocado é garantidíssimo e a solução definitiva para o problema no bebê".

O protetor em crianças deve ser físico, mecânico, como telas protetoras em janelas e véus em camas e berços. O professor Luciano Pamplona indica, em casos de irritação, pomadas antialérgicas nos locais das picadas.

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