Candidatos sub-júdice da PM descem da torre da TV Assembleia

Escrito por Redação ,

Os 2 candidatos ao cargo de policial militar que estavam sub-júdice e que subiram na torre da TV Assembleia na manhã da última sexta-feira (3) desceram do local na tarde deste sábado (4). O ato foi um protesto visando a inclusão de um grupo de candidatos que prestou concurso para a PM na corporação. Ediglê Silva Santos e Renam Pinto haviam escalado o equipamento e afirmaram que só desceriam de lá caso fossem nomeados pelo governador do Estado, Cid Gomes.

Dupla reivindica nomeação de grupo de candidatos sub-júdice para a PM. FOTO: JOSÉ LEOMAR

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, os dois manifestantes desceram do local por volta das 14h25. Ainda de acordo com o órgão, eles desceram por vontade própria e mostravam sinais de bastante cansaço. Por questões de segurança, a dupla resolveu abandonar o protesto.

O grupo deverá se reunir na tarde da próxima terça-feira (7) com o Procurador Geral do Estado, Fernando Oliveira, na sede do órgão, no bairro Edson Queiroz.

Os policiais subiram por volta das 3h da manhã desta sexta (3), na torre da TV Assembleia, no bairro Dionísio Torres, para protestar por um encontro com o governador Cid Gomes. Os policiais afirmam que passaram por treinamento, trabalharam nas ruas por 2 anos sem receber salários e, em julho de 2012, foram afastados das funções da corporação pelo Governo. O Governo, por outro lado, afirma que os candidatos foram afastados por decisão judicial e não cumprem alguns dos requisitos necessários para a aprovação no concurso, como nota mínima das provas objetivas, exames físicos e psicológicos e investigação social.

Coordenador militar da AL diz que o problema é uma questão judicial

O coordenador militar da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Coronel Túlio Studart, explica que a questão dos candidatos sub-júdice não pode ser resolvido nem pela Procuradoria Geral, nem pelo governador do Estado. Segundo ele, só a justiça poderá definir o destino do grupo. "O problema deles é meramente judicial. Procurador e governador não podem simplesmente baixar um ato administrativo e colocá-los no cargo. Eles foram eliminados do concurso e entraram na polícia através de uma liminar. O estado entrou com um recurso e, com este recurso, caiu a liminar. Eles entraram com um novo recurso no STJ e o mérito ainda não foi julgado. Caso o governador baixasse um ato administrativo e os colocasse na corporação, ele cometeria um ato de improbidade administrativa. A verdade é que eles são civis, não são policiais", explicou.

Coronel Studart disse também que os dois manifestantes já queriam ter descido da torre na noite de sexta-feira, mas foram convencidos por um grupo que se encontratava na calçada da assembleia a permanecerem no alto. "Ontem mesmo à noite eles disseram que iriam descer, mas que precisavam da aprovação do grupo, mas este grupo pedia que eles não descessem. A mãe de um deles e o pai do outro eram os principais incentivadores de que eles ficassem na torre", disse.

Apesar de terem deixado a torre, os policiais permanecem acampados na calçada da Assembleia Legislativa.

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