Caminhada mobiliza população no combate à violência contra a mulher

Um ato de resistência e denúncia. A cidade amanheceu nesta sexta-feira com faixas de protesto em defesa das mulheres vitimas de violência e um pedido por justiça e politicas públicas efetivas para fazer face a essa situação, em alusão ao Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher

Escrito por Redação ,
Com o objetivo de mobilizar a sociedade, a coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria da Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) realizou, na tarde desta sexta-feira,  a caminhada pela Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. O movimento faz parte da programação da Campanha Fortaleza diz não à violência contra a mulher. 
 
O percurso teve inicio na Delegacia de Defesa da Mulher. Os manifestantes partiram em direção ao Juizado da Mulher, localizado na Avenida da Universidade, passaram pelo Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde e o Núcleo da Defensoria Pública da Mulher (Nudem), localizados na Rua Padre Francisco Pinto, de onde seguiram para o Núcleo Gênero Pró-Mulher do Ministério Público. O evento foi finalizado na Praça da Gentilândia, com atividades artístico culturais. 
 
Divulgação
 
O objetivo, segundo seus idealizadores, foi divulgar os equipamentos da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, bem como chamar a atenção dos fortalezenses para a necessidade de superação da cultura de violência contra a mulher, especialmente das mulheres negras.
 
Ativista integrante do movimento, Márcia Ares, coordenadora de Politicas das Mulheres e presidente do Conselho Municipal de Mulheres de Fortaleza, destacou que "estamos em 2016, com 184 mulheres assassinadas no Ceará, o que dá uma média de 16 casos ao mês”. 
 
Em sua segunda edição, a caminhada faz parte da 4ª edição da campanha 'Fortaleza Diz Não à Violência Contra à  Mulher' em alusão ao dia 25 de Novembro, que é o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, quando as mulheres do mundo todo buscam dar visibilidade à prevenção e ao enfrentamento da violência contra a mulher. 
 
O mapa de violência 2015 mostra que, nos últimos 10 anos, houve um aumento de 54% de violência contra as mulheres negras e um decréscimo de 9,8% em relação às brancas. “O que mostra que a nossa sociedade, além de machista, é racista. E a mulher negra, nesse sentido, sofre duas violências. As mulheres precisam tomar conhecimento que existe uma rede que obviamente precisa ser fortalecida, mas é preciso que a população tome conhecimento, principalmente as mulheres, para que não morram como vem acontecendo”, alerta Márcia.
 
Para Cristiano Pereira, titular da Coordenadoria Especial da Igualdade Racial, A campanha de enfrentamento à violência contra as mulheres é importante porque, com ela, "resolvemos um problema sério da nossa sociedade que é a questão do racismo que causa outros diversos problemas como as questões de educação, economia e politica". 
 
A advogada integrante da Comissão da Mulher Advogada da OAB-Ceará e conselheira suplente da OAB no Conselho Municipal de Fortaleza, Geovana Santiago, afirma ser a segunda vez que a instituição se faz presente na caminhada.” Nós estamos muito felizes de estarmos aqui, principalmente por ver que o movimento aumentou de um ano para cá”. 
 
Redes de atendimento 
 
Coordenadoria de Políticas Para as Mulheres
Rua Pedro I, s/n – Centro
Segunda à sexta, 8h às 17h
3105.1398 
 
Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Clotilde
Rua Pe. Francisco Pinto, 363 – Benfica
Segunda à sexta de 8h às 20h
Sábados, 8h às 18h
(85) 3105.3516 / (85) 32145883
 
Delegacia de Defesa da Mulher – DDM
Rua Manuelito Moreira, 12 – Centro 
Segunda à sexta, 8h às 18h
Sábados e domingos 24h
(85) 3101.2495
 
Juizado de Violência Doméstico e Familiar Contra a Mulher
AV. da Universidade, 3281 – Benfica
Segunda à sexta, 8h às 14h
(85) 3433.8785 
 
Núcleo de Gênero Pró-Mulher – Ministério Público
Rua Waldery Uchôa, 260 – Benfica
Segunda à secta, 8h às 14h
(85) 3214.2673 // (85) 34523720
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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