Bebês são fotografados na UTI Neo Natal com gorrinhos e luzes natalinas

O ensaio alterou a rotina de mães e bebês da Unidade de Terapia Intensiva de médio risco do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias)

Escrito por Redação ,

Maria Aurora tinha 15 dias de nascida quando recebeu a visita do fotógrafo Clécio Albuquerque. A convite da equipe de residentes da Unidade de Terapia Intensiva de médio risco do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), o fotógrafo teve a missão de fotografar recém-nascidos que se encontravam na UTI.  

A sessão serviu para mostrar a rotina de mães e bebês internados e fazer os primeiros registros dessas crianças, tendo o tema natalino como inspiração. Foram seis mães e seis bebês registrados pelas lentes do fotógrafo que é especialista em fotografar casamentos. Os escolhidos para participar do projeto não eram bebês de internação longa, ou seja, teriam alta nos próximos dias. 

Foi o caso de Lidiana Alves Brasil que pôde levar a filha Maria Aurora para casa no mesmo dia da sessão fotográfica. Com temática natalina, as crianças tiveram que usar alguns acessórios, como gorrinhos e luzes de natal. Tudo para transformar o ambiente hospitalar num cenário mais aconchegante e mágico.  

O momento difícil de ter que levar novamente a filha para a UTI, devido a uma infecção, foi aliviado pela sessão. “Quando ela já estava melhorando chegou essa proposta de fotos. Foi um momento bom para distrair, esquecer um pouco que estamos em um hospital. Não dá pra esquecer totalmente, né, mas serviu pra gente esquecer um pouco mais a realidade”, lembra Lidiana. 

A ideia é presentear as mães com essas fotografias. Clécio prepara um kit com fotos impressas, DVDs e pendrive com os arquivos editados. “Quando a gente terminou o trabalho, o que a gente mais queria era dar um pouquinho da gente. Não esperava ser convidado para fazer um trabalho desses, mas realmente fiquei feliz. Inexplicável o que senti naquele momento ao lado daquelas crianças”, relata o fotógrafo. 

Inspiração 

A ideia da sessão foi inspirada em outros trabalhos semelhantes feitos em hospitais da rede da Secretaria da Saúde do Ceará. A residência multidisciplinar, formado por enfermagem, farmácia, psicologia, terapia ocupacional, assistência social e odontologia, tomou a iniciativa e deu-se início à busca por fotógrafos. Para realizar a sessão foi necessário conseguir as permissões dos pais.  

O resultado foi e é, segundo Clécio Albuquerque, uma forma de “fazer com que as pessoas vejam as imagens e consigam se lembrar o que aconteceu naquele dia. De como foi bonito aquele momento”. Além disso, a atividade é uma forma de humanização do atendimento.

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