Mortes superam os últimos 9 anos

Segundo o Boletim Epidemiológico da Sesa, foram registrados 73 óbitos nas 27 primeiras semanas deste ano

Escrito por Redação ,

O número de pessoas que morreram por conta da contaminação pelo vírus da influenza, no Ceará, em 2018, já superou outros nove anos anteriores, considerando o intervalo de 2009 a 2017. Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesa), foram registrados 73 óbitos durante as 27 primeiras semanas deste ano, enquanto que, de 2009 e 2017, foram contabilizadas 59 mortes. O relatório foi publicado no último dia 4 de julho.

No Estado, a faixa etária mais afetada por algum tipo de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi a dos idosos, acima de 60 anos, que somaram 28 óbitos, e os adultos entre 50 e 59 anos, com 12 mortes. Pessoas entre 40 e 49 anos representaram 11 casos, dos 73 registrados, enquanto que as crianças até 10 anos acumularam 10 falecimentos. Essas estatísticas são diretamente relacionadas com o número de casos apontados pelo relatório.

As faixas etárias mais acometidas são as de 60 anos e mais 25,7% (113) e 0 a 10 anos 20,0% (172). Ao todo, o boletim afirma que foram contabilizados 439 casos de SRAG.

Os pacientes que evoluíram para óbito eram residentes dos municípios: Apuiarés (1), Aquiraz (1), Aracati (1), Baturité (1), Capistrano (1), Caucaia (2), Crateús (3), Eusébio (6), Fortaleza (32), Guaiúba (1), Horizonte (2), Ipu (1), Iracema (1), Itapipoca (1), Jaguaruana (1), Jijoca de Jericoacoara (1), Madalena (1), Maracanaú (2), Maranguape (1), Milhã (1), Morada Nova (1), Ocara (1), Pacatuba (1), Paraipaba (2), Pentecoste (1), Pereiro (1), Quixadá (1), Santa Quitéria (1), São Gonçalo do Amarante (1) e Solonópole (2).

Em 2015, 33 municípios notificaram casos de SRAG, sete confirmaram que o agente etiológico foi influenza e não houve óbitos. Em 2016, 58 cidades notificaram casos, sendo que 25 confirmaram SRAG por influenza e 13 municípios tiveram óbitos.

Já em 2017, foram registrados casos em 50 localidades, sendo oito deles indicaram o vírus da influenza. Neste ano, até o fim da 27ª semana, 59,7% (110) dos municípios registraram casos de SRAG. Destes, 66 confirmaram casos de SRAG por influenza dos subtipos A H1N1, A H3/sazonal, A não subtipada e influenza B, e 45,4% (30) dos municípios registraram óbitos por influenza.

A influenza é uma doença infecciosa aguda das vias aéreas. Segundo o Ministério da Saúde, existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O tipo C, explica o órgão, causa apenas infecções respiratórias brandas e não possui impacto na saúde pública. Já o vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Vacinação

Segundo o boletim da Szesa, a vacinação contra influenza é uma das medidas mais efetivas para a prevenção da doença e das complicações. E com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes, em 1999, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) incorporou a estratégia de vacinação contra a influenza para a população brasileira. No Ceará, de 1999 a 2017, segundo o boletim, em todos os anos o Estado alcançou a meta de vacinação nos grupos prioritários durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza, que era de 80% até 2016. Desde 2017, esse número saltou para 90%, após nova recomendação do Ministério da Saúde. Segundo o boletim, o Estado atingiu a meta em todos os anos.

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