Moradores reclamam de obra

Escrito por Redação ,
Legenda: A obra de duplicação inicia-se no Km 11,4 (trecho entre o Anel Viário) e termina no Km 35,7 (entroncamento do Porto do Pecém)
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

Embora as obras de duplicação de 24,3 KM da rodovia BR-222, no Município de Caucaia, tenham iniciado em março deste ano, seis meses depois, o baixo andamento da execução do processo também enfrenta resistências e pedidos de melhorias por parte dos moradores de regiões limítrofes, em especial, da Comunidade da Primavera, no Km 30 da via.

A obra de duplicação gerida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) inicia-se no Km 11,4 (trecho entre o Anel Viário) e termina no Km 35,7 (entroncamento do Porto do Pecém). De acordo com o coordenador de Engenharia da Superintendência Regional do Ceará do Órgão, José Abner Oliveira, a obra ligará os portos do Mucuripe e do Pecém.

Conforme José Abner Oliveira, para que as obras da rodovia avancem até serem concluídas dentro do prazo, em 2021, é preciso, segundo ele, retirar as interferências para o encaminhamento do serviço. A desapropriação de cerca de 30 imóveis circunscritos à área em que a BR-222 duplicada passará é uma delas. "O avanço já foi feito onde não tem necessidade de desapropriação. Onde tem, o Dnit já está agindo tratando com os proprietários para fazer essa obra ser executada", disse.

Para a professora particular Pricila do Nascimento, porém, as informações sobre a possível saída de sua família seguem nebulosas. "No começo, eles mediram as casas da gente, dizendo que a gente ia ter que sair do local, ia ser indenizado e tudo e a gente nem se preocupou mais. Mas agora começaram a parte de escavação e disseram que não iam mais precisar tirar a gente dali", relata a mulher de 25 anos.

Para a diretora da Escola Domingos Abreu Brasileiro, Rosa Maria de Sousa, que atende cerca de 330 crianças da Comunidade da Primavera e adjacências, a preocupação é com a segurança dos estudantes da Instituição. "A comunidade fica de um lado, a escola de outro. A maioria dos alunos mora no outro lado da BR. Então, a gente está querendo que eles construam uma passarela", pede.

Segundo ela, moradores da comunidade já foram ao Dnit solicitar tal empreendimento, mas até agora ele não foi executado e, igual, não consta no projeto de duplicação da BR-222. No documento, há a previsão de instalação de três passarelas (km 17,33; km 18,36; e km 20,22). Além delas, duas passagens inferiores também estão previstas, nos Kms 15,14 e 16,95.

Além disso, um trecho da rodovia deverá passar por uma área de reserva indígena do Município. "Dada que essa situação não está consolidada, nós iniciamos contratações, pois são 10 programas para atender a comunidade indígena, respeitando seu habitat natural", pontuou José Abner Oliveira.

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