Lagoa de Porangabussu recebe peixes

Escrito por Redação ,
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Dnocs e SER III, em ação conjunta, buscam deter a superpopulação e a mortandade cíclica de peixes no manancial

Na tentativa de conter a superpopulação de carás-tilápia na lagoa de Porangabussu, localizada no bairro Rodolfo Teófilo, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), em parceria com a Secretaria Executiva Regional (SER III), realizou, na manhã de ontem, o peixamento da lagoa com alevinos e peixes jovens dos tipos pescada de água doce, tucunaré e pirarucu. Os novos “habitantes” do manancial atuarão como predadores.

A superpopulação tem provocado a mortandade de carás-tilápia por conta do colapso de oxigênio na água. O chefe do Distrito de Meio Ambiente da SER III, Tarcísio Prata, explica que os detritos despejados na lagoa aumentam o teor de matéria orgânica na água, o que contribui para a produção de algas, que consomem o oxigênio. À noite, quando ocorre a produção mais intensa de algas, há o colapso de oxigênio, causando a morte dos peixes.

Com a colocação dos peixes predadores, o Dnocs e a SER III esperam tornar equilibrada a quantidade de carás-tilápia na lagoa, contendo a mortandade pela falta de oxigênio na água. No total, foram depositados na lagoa 100 pescadas de água doce, 100 tucunarés e 20 pirarucus, além de um quilo de camarões de água doce.

Os peixes e os crustáceos são provenientes do Centro de Pesquisas em Aquicultura do Dnocs em Pentecoste, na Zona Norte do Estado.

O chefe do Centro, Pedro Eymard Mesquita, informou que a ação na lagoa representa um projeto-piloto. “Vamos fazer um monitoramento para observar se os peixes depositados se adaptaram ao ambiente e estão atuando como predadores”, explicou, ressaltando que a baixa qualidade da água da lagoa pode contribuir para que a ação não tenha o êxito esperado.

Paralelo ao peixamento realizado ontem, a SER III agiliza o trabalho de monitoramento das galerias de drenagem do manancial com o objetivo de identificar e conter as ligações clandestinas de esgotos. A previsão é de que até março essas galerias estejam livres das ligações clandestinas. Contudo, o secretário Marcelo Silva, da SER III, frisou: “O problema da poluição da lagoa não corrige da noite para o dia”.
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