Lagoa da Maraponga é imprópria para banho

Ligações clandestinas de esgoto seriam lançadas no manancial; Lagoa de Porangabussu recebe fiscalização

Escrito por Redação ,
Legenda: A Lagoa da Maraponga é um ponto de encontro do bairro e, aos domingos, recebe centenas de pessoas. Água foi analisada em outubro de 2014
Foto: Foto: Érika Fonseca

A Lagoa da Maraponga, um dos principais equipamentos de lazer daquele bairro, que recebe centenas de pessoas todos os domingos, encontra-se imprópria para banho, de acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). O órgão acredita que haja ligações clandestinas de esgoto lançadas na lagoa, bem como o despejo inadequado de resíduos sólidos comprometendo a qualidade da água e expondo seus usuários a riscos de saúde.

A análise foi feita durante a visita de técnicos da Secretaria ao bairro, em outubro do ano passado, em ação que visava identificar as cinco principais formas de poluição urbana no local: sonora, visual, efluentes, resíduos e atmosférica. A equipe da Célula de Efluentes da Seuma segue com fiscalização na área com o objetivo de identificar possíveis infratores.

Dando sequência à operação, agentes da Seuma estiveram ontem no bairro Porangabussu, monitorando a área no entorno da lagoa, para diagnosticar os principais problemas ambientais, conforme foi feito na Maraponga. O programa visa mapear os níveis de poluição da cidade, tendo como parâmetros os índices obtidos nas proximidades de quatro importantes mananciais da cidade. Também receberão monitoramento as lagoas de Messejana, no mês de abril, e do Papicu, em julho.

As lagoas foram escolhidas com base na localização. "Procuramos utilizar o mapa de Fortaleza de forma a abranger ao máximo as regiões. Cada lagoa monitorada fica em um extremo, ao norte, sul, leste e oeste", explica o coordenador de fiscalização da Seuma, Mairlon Moreira.

O programa funciona da seguinte forma, segundo Moreira: a equipe de fiscalização da Seuma, composta por dez agentes, passa uma semana em cada área, coletando dados e identificando irregularidades nas cinco vertentes de poluição. Caso sejam constatadas irregularidades, os profissionais retornam ao local para corrigir o problema. A multa para quem lança efluentes em recursos hídricos varia de R$ 5 mil a 50 milhões.

A previsão é que os resultados dos trabalhos em Porangabussu sejam concluídos em dois ou três meses, devido à espera dos laudos laboratoriais, conforme adiantou a Seuma. Cada local visitado deve receber o retorno da equipe de técnicos após um ano, no intuito de manter o monitoramento constante.

Poluição visual

Durante a fiscalização realizada na área do entorno da Lagoa da Maraponga, foram constatados 189 objetos fixados irregularmente, como placas, faixas, cartazes e cavaletes. O material foi recolhido e enviado à reciclagem, segundo a Seuma. Em 2014, o órgão retirou 13.345 engenhos publicitários colocados irregularmente na cidade.

O infrator, quando identificado, recebe um auto de constatação e tem prazo de cinco dias para apresentar defesa. O responsável está passível de receber multa, que varia de R$ 58 a R$ 5 milhões.

Mais informações

Secretaria Municipal de Urbanismo
e Meio Ambiente (Seuma)
(85) 3452.6921

www.fortaleza.ce.gov.br/seuma

Bruno Mota
Repórter

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